sábado, 15 de dezembro de 2012

DAIMOKU - Benefícios materiais com a prática.

Nitiren Daishonin afirma: “O caractere ku [do termo kudoku, ou benefício], significa eliminar a maldade, ao passo que o caractere doku significa produzir o bem”. (Gosho Zenshu, pág. 762.) No Budismo Nitiren, benefício significa produzir o bem, vencendo o mal, ou livrar-se da escuridão fundamental da vida e fazer surgir o bem.
Pode-se entender negativamente essa concepção, considerando que os sofrimentos nunca acabam. 
Para compreender corretamente, temos o exemplo do pião que gira impulsionado por uma corda. Quanto maior a força e a velocidade com que o pião gira, mais firme e estável ele fica. Ou seja, quanto mais ele luta contra o desequilíbrio e a gravidade, mais equilibrado e ereto fica. Parece até que está parado, de tão estável, mas na verdade está girando com toda a intensidade contra a instabilidade. Assim é o kudoku. Quanto mais luta contra os sofrimentos, mais forte e inabalável fica.
Do contrário, se pensarmos “já lutei o suficiente, vou tirar umas férias ou vou me aposentar...”, vamos diminuir o ritmo. Como o pião, girar devagar o leva a balançar cada vez mais, pois de maneira lenta não consegue mais a estabilidade, levando, por fim, à queda.
Na prática budista, para manifestar o benefício é preciso realizar Chakubuku, ou a propagação do ensino de Daishonin. Isso significa refutar as crenças errôneas que causam o sofrimento, fazendo com que as pessoas vivam com base na Lei Mística.
O Chakubuku é a ação para “destruir a maldade e fazer com que surja o bem”. Ao realizar essa prática pelas outras pessoas, também se manifesta o mesmo efeito na vida. Destruir a maldade é purificar.
Alguns interpretam “benefício” de forma errada, considerando-o como uma referência à preocupação com os bens materiais, e com base nisso menosprezam o budismo, tratando-o como uma religião inferior. Mas a doutrina budista do benefício é um ensino que tem a ver essencialmente com a purificação e a transformação da própria vida.
Conceitos tais como “benefício” e “punição” não são exclusivos da religião. A vida de todas as pessoas é, de certa forma, uma sucessão de exemplos de benefício e punição, valor e anti-valor, ou de lucro e perda. Nos negócios, as vendas significam lucro ou ganho. Mas se os bens forem vendidos a um preço muito baixo, o negócio acaba em prejuízo. Quando um pintor concretiza o desejo subjetivo de realizar uma maravilhosa obra-prima (ou seja, de criar o valor do belo), ocorre uma fusão do sujeito com o objeto, dando à pessoa um sentimento de felicidade. E quando a pintura é comprada, o lucro é concretizado.
Sentimo-nos felizes quando conseguimos criar valor. O propósito do Sutra de Lótus é nos capacitar a desenvolver em nosso mundo interior, ou subjetivo, a grande força vital para criarmos valor independentemente das circunstâncias que encontrarmos em nosso mundo exterior, ou objetivo. É isso o que chamamos de fazer a revolução humana. Isto é “benefício”.

Escrito por JORNAL BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 1916  

MUDE SUA DETERMINAÇÃO E VENÇA INFALIVELMENTE!

"Quando sua determinação muda, tudo começa a mudar na direção do seu desejo. No momento em que você resolve ser vitorioso, todo o seu ser imediatamente se prepara para o sucesso.

Por outro lado quando você pensa: "isso nunca vai acontecer", naquele momento, todo o seu ser desiste e pára de lutar. E assim, tudo se moverá no sentido da derrota.

Prestem atenção à sutileza da mente humana. A maneira como você programa sua mente, a atitude que você tem, influencía diretamente sua vida e o meio ambiente.

O princípio budista de Itinen Sanzen ressalta que um único momento da vida contêm três mil mundos e elucida o aspecto verdadeiro do poder da vida.

Por meio de firme resolução, nós podemos transformar nossas vidas, àqueles à nossa volta e o lugar onde vivemos. Todos nós temos essa arma secreta, não há tesouro maior.

Muitas vezes oramos e desistimos quando as coisas não acontecem da maneira que queremos. Mas com que atitude estamos praticando??? Devemos lutar com determinação por nossos sonhos.

Nunca faça nada pela metade. Se em seu coração você acredita que não vai conseguir, então você não conseguirá. É muito importante nossa atitude perante o Gohonzon.

A solução para tudo é o Daimoku e se você não acredita nisso, recite até acreditar. Recite para ter coragem de agir. Tudo o que você precisa está dentro de você. Por isso recite Daimoku ( NAM _ MYOHO_RENGUE_KYO) para extrair toda a sua força interior. Não se deixe enfraquecer lute até conseguir.
Mesmo que caia 5 vezes, levante-se 6. Nunca desista de seus objetivos.

Nós podemos mudar o nosso hoje e o nosso amanhã. Devemos ser corajosos, devemos desafiar aquilo que pensamos não ser possível conseguir. Se nunca desafiarmos o impossível, nunca conheceremos o verdadeiro poder do Nam-Myoho-Rengue-Kyo."

domingo, 25 de novembro de 2012

BUDISTA ACREDITA EM DEUS?



Texto de:Wlaisa Fior


Budista acredita em Deus?
Geralmente, tudo que é diferente ao que as pessoas estão acostumadas é, a princípio, rejeitado ou visto com negatividade. O presidente Makiguti dizia: “Não julgue o desconhecido.” É isso o que acontece com o budismo. Devido o Brasil ter sua cultura arraigada na tradição cristã, o budismo, desconhecido pela maioria, é visto com reservas e muitas pessoas pensam que, por não falar em Deus, conforme a concepção que têm, não é uma religião correta, muito menos deve ser seguida.
Outro fator que ajuda a complicar é que, por existir muitas ramificações do budismo, os não-budistas acreditam que todos os tipos de budismo são iguais. Normalmente, os meios de comunicação fazem essa confusão, como aconteceu recentemente com uma revista de circulação nacional. (continua...)
Algumas vezes, quando iniciamos um Chakubuku, de início somos questionados da seguinte forma: “Vocês acreditam em Deus?” Muitos de nós já viveram essa experiência, e por mais que tentemos explicar, a maioria das pessoas diz: “Mas eu não quero deixar o meu Deus!” Por isso, hoje, abordaremos esse ponto.
Inicialmente, é bom esclarecermos que Buda não é Deus. A palavra “buda” significa “o iluminado”. Ou seja, um Buda é aquele que se iluminou para a verdade da vida. “Ismo”, de budismo, é um sufixo que significa “doutrina, escola, teoria ou princípio artístico, filosófico, político ou religioso.” Cristianismo refere-se aos ensinos de Cristo e budismo, aos ensinos de Buda.
Segundo Bryan Wilson, uma das maiores autoridades em religião do Ocidente, o sentimento religioso surge para explicar o inexplicável — os fenômenos da natureza, que para as pessoas não têm uma explicação racional.
Assim, para o cristão, o “inexplicável”, ou os fenômenos do universo, é atribuído a Deus, que vive no céu e dita as regras da Terra. Ele criou todo o universo, o homem, o sol, a lua, as estrelas, as plantas, os animais etc. e possui imensa benevolência e compaixão pela humanidade. No entanto, as pessoas colocam Deus em dois extremos: por um lado Ele possui um amor incondicional para com as pessoas, por outro é um severo punidor e o sofrimento das pessoas é desígnio de Deus. Tanto é que todos conhecem as famosas frases: “Deus quis assim!”; “Esse é o destino que Deus me deu!” entre outros.
Nos ensinamentos budistas, os fenômenos são atribuídos a uma Lei que rege o universo. Essa Lei é denominada Nam-myoho-rengue-kyo.
Vamos abrir um parênteses aqui para explicar que Gohonzon também não é Deus. O Gohonzon é nosso objeto de devoção, diante do qual conseguimos concentrar nosso pensamento nessa Lei universal e fazer com que ela se manifeste profundamente em nossa vida.
Muitas vezes, por termos sido criados numa sociedade cristã em que aprendemos a atribuir tudo a Deus, acabamos nos expressando da seguinte forma: “Se o Gohonzon quiser!”, “Graças ao Gohonzon!”, “Vá com o Gohonzon!” e “Jogue nas mãos do Gohonzon”. Para nós, budistas, o ser humano possui um grande potencial por si só, pois ele faz parte do universo. Todas as suas conquistas estão arraigadas em sua determinação, esforço e sabedoria associados à fé na Lei Mística. Não existe alguém determinando sua condição de vida de felicidade ou sofrimento.
Segundo os ensinamentos budistas, tudo na vida é regido pela lei de causa e efeito existente no universo. Os sofrimentos e a felicidade existem na vida de cada pessoa e se manifestarão de acordo com a força positiva ou negativa que cada um carrega. Se a força negativa for mais poderosa — força essa criada pelas causas negativas acumuladas — a pessoa sofre. Do contrário, se a positiva for mais forte — gerada pelas causas positivas feitas pela própria pessoa —, ela é feliz. A Lei que rege o universo não é punitiva. Ela é justa, rigorosa e benevolente, pois cada pessoa colhe o que plantou.
O importante em cada religião é o respeito mútuo. Desconsiderar a existência de Deus para um cristão por sermos budistas é desrespeitar a pessoa e sua fé.
Na Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda escreveu: “Para criar uma era de paz é necessário e imprescindível o diálogo entre os religiosos... É preciso iniciar o diálogo entre budistas e cristãos, budistas e judeus, budistas e islamitas. Mesmo que as convicções religiosas sejam diferentes, creio que todos acalentam o ideal comum de paz e felicidade da humanidade... Eu penso que as religiões, em vez de guerrearem entre si, deveriam disputar a corrida para o bem... uma disputa entre as religiões no contexto do que estão fazendo para o bem da paz, para o bem da humanidade. É uma corrida humanitária... que conduz tanto a si como os outros para a felicidade. Isto pode ser disputado de várias formas. Por exemplo, na criação de excelentes valores humanos que contribuam para a paz do mundo ou na promoção de movimentos que proporcionem coragem e esperança para as pessoas.” (Vol. 5, págs. 87–88.)
Com base nesses pontos, vamos estudar o budismo para que possamos defender nossa fé convictamente, sem, no entanto, desrespeitar a fé dos outros.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

VOCÊ TEM UMA JÓIA ESCONDIDA E NÃO SABE!

Um homem rico preocupado com seu amigo pobre costura uma joia de valor inestimável no forro do manto deste enquanto ele esta dormindo. O amigo rico sai em seguida. Quando o pobre homem acorda. Como ele não tem conhecimento da joia escondida em seu manto vai embora e a carrega em sua jornada continuando com seu grande sofrimento e imerso em imensa pobreza. Algum tempo depois os dois homens se reencontram. O homem rico conta a seu amigo sobre a joia que havia costurado no forro de seu manto. O pobre homem se dá conta pela primeira vez que ele possui uma joia de valor inestimável que dará fim a todos os seus sofrimentos e assim fica muito feliz.
A joia de valor inestimável é uma metáfora para a natureza de Buda. O forro do manto representa as profundezas de nosso ser. Em outras palavras a parábola nos transmite o principio de que o tesouro extremamente nobre da natureza de Buda existe dentro de todos nós. O Sutra de Lótus é um ensinamento que nos chama a despertar para o nosso estado de Buda e levar uma vida transbordante  imersa em incontáveis alegrias.

Recitar o NAM-MYOHO-RENGUE KYÔ desperta o estado de Buda, recitar o NAM-MYOHO-RENGUE KYÔ faz com que encontremos em nosso interior a joia de valor inestimável!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Subir ou sucumbir?!

A “dificuldade” é a resistência natural à transformação. Se enfrentar grandes dificuldades com tristeza, maior será o sofrimento. Se o fizer com alegria, maior a alegria. As dificuldades são combustíveis tanto para a tristeza quanto para a alegria. Assim, é importante “desfrutarmos das dificuldades” com um estado de vida elevado. A felicidade cresce à medida em que se vence as dificuldades. Portanto, a 3ª Diretriz Eterna da Soka Gakkai (Prática da fé para vencer as dificuldades) é fundamental. A prática da fé garante esse estado elevado para vivermos de forma plena e realizada.

Transformar o ambiente

A felicidade absoluta é a qualidade de uma pessoa capaz de transformar o ambiente. No processo de transformação, surgem as dificuldades como prova de que a pessoa avança. Estagnar-se e lamentar conserva a negatividade em sua vida. A felicidade garante e gera a transformação.

Subir ou sucumbir

Diante dos desafios diários, existem duas opções: SUBIR ou SUCUMBIR. Quando aparece a dificuldade, quem escolhe SUCUMBIR, desiste, reclama, abandona, culpa os outros. E o pior, não transforma nada. Quem decide SUBIR, alegra-se, porque está diante de uma oportunidade de crescimento e transformação. Então, enfrenta tudo e transforma.

Todos têm

Dificuldades são FATOS da vida. Todo ser vivo passa por desafios. Ainda mais aqueles que querem alcançar grandes coisas. A dificuldade não é ESCOLHIDA ou CHAMADA por alguém. São fenômenos que surgem por uma série de fatores. A questão não é buscar a causa, mas saber como você vai se comportar diante do fato.

Nem santos nem sábios

“Nitiren Daishonin declara:
‘Jamais permita que os impasses da vida o perturbem. Afinal, ninguém pode escapar dos problemas, nem mesmo santos ou sábios. (...) Sofra o que tiver de sofrer. Desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto sofrimento quanto a alegria como fatos da vida, e continue orando o Nam-myoho-rengue-kyo, não obstante o que aconteça’ (As Escrituras de Nitiren Daishonin, v. III, p. 199).
Não existe uma vida livre de sofrimentos ou um mundo livre de problemas. Na realidade, a vida torna-se interessante pelo simples fato de que ocorrem todos os tipos de desafios. Os que baseiam a vida na Lei Mística são capazes de atrair a suprema sabedoria e ultrapassar todos os obstáculos, não importando o quê; são capazes de atingir uma vida de profundo valor em que todos os seus desejos são realizados” (Brasil Seikyo, edição no 1.219, 27 de março de 1993, p. 4).

Tudo tem solução

Para vencer essa batalha, existe o Budismo Nitiren. Atinja a iluminação e enfrente as dificuldades como um buda. Não existe dificuldade que não possa ser superada por meio da pratica budista.

Por que é fundamental transformar o ambiente?

Porque a pessoa é inseparável do ambiente. Se ela não tem força para transformar o ambiente, ele a transforma e a vida fica à mercê dos ventos. Devido a essa inseparabilidade, a condição interior pode ser influenciada negativamente pelo externo.

Nem a morte os separa

O presidente Ikeda afirma:
“Nascemos com um corpo e uma mente (efeito vital) e num ambiente (efeito ambiental) que equivale à nossa energia cármica. Naturalmente, vida e meio ambiente são de fato inseparáveis, pois ambos são manifestações (efeitos) de nossa energia cármica” (Brasil Seikyo, edição no 1.520, 21 de agosto de 1999, p. 3).

Felicidade e ambiente

“A felicidade não se encontra unicamente no ambiente. Existem pessoas vivendo em mansões magníficas que passam os dias chorando. No entanto, nossa felicidade não independe totalmente de nosso ambiente. Não há uma única pessoa que possa clamar honestamente que é feliz se é incapaz de alimentar seus filhos” (Brasil Seikyo, edição no 1.530, 6 de novembro de 1999, p. 3).

A chave é transformar o ambiente

“A felicidade é determinada pela relação entre o ambiente, ou o mundo externo, e nossa energia vital. Uma pessoa controlada por um ambiente negativo está sofrendo. Ao contrário, uma pessoa que se encontra numa situação difícil, mas é capaz de controlá-la e modificá-la, é feliz” (Ibidem).

Alguém forte é feliz

Se a energia vital é fraca, os menores problemas causam lamentações, insegurança e a vida acaba num impasse. Adquirir vitalidade para resolver os problemas cotidianos fortalece a pessoa e ela não recua. A medida em que vence questões maiores, mais forte se torna a energia vital — mais a felicidade se fortalece. Feliz é quem tem uma poderosa e constante vitalidade e transforma o ambiente de acordo com suas aspirações.
Já que é natural enfrentar dificuldades, que seja com alegria, disposição e felicidade. Esse é o caminho da iluminação, onde tudo é motivo de mais alegria.

Eterna felicidade

A prática da fé que não é derrotada pelas dificuldades é a força para construir o eterno castelo da felicidade. Esse tipo de prática garante esse estado iluminado e transforma o ambiente.
“Quando adentramos no caminho da iluminação, podemos desfrutar completamente, das profundezas de nosso ser, todas as tormentas da vida, temporais e rajadas terríveis bem como, naturalmente, brisas primaveris, o céu azul e o brilho do sol; atingimos um supremo estado no qual a vida é alegria, e a morte, serena. Seguir esse caminho garante que experimentemos essa eterna realização e esperança. O Buda Nitiren afirma: ‘Quando surgem as dificuldades, devemos considerá-las como alegrias’”(BS, edição no 1.394, 14 de dezembro de 1996, p. 3).

Vencer e vencer

Os verdadeiros vitoriosos são aqueles que triunfam sobre as dificuldades. Essa é a marca de um membro da Soka Gakkai.

Jamais desista

“Quando a Lei Mística brota em nosso coração, nossa vida resplandece como o sol em perfeita paz e serenidade com força infinita. Esse é o estado de Buda. A manifestação do estado de Buda e a derrota das forças negativas são uma única coisa. As maldades existem tanto em nossa vida como em nosso ambiente. Porém, derrotá-las ou sermos derrotados por elas depende unicamente de nosso espírito e de nossa determinação. O importante é vencer incessantemente. A prática budista consiste em jamais desistir dessa luta. Devemos cultivar um espírito que jamais, de maneira alguma, seja arrastado por influências negativas” (BS, edição no 1.510, 5 de junho de 1999, p. 4).

Conclusão

De forma simples, a terceira diretriz diz para cada pessoa: “Você também desfrutará a maior felicidade sem falha”. Ela dá “esperança e rejuvenesce o espírito de desafio no coração daqueles que, atolados na escuridão do sofrimento, resignaram-se e cansaram-se. Numa sociedade estagnada e colocada num impasse, é assegurar que os seres humanos tenham um potencial ilimitado para resolver todas as dificuldades” (BS, edição no 1.394, 14 de dezembro de 1996, p. 3).

Fonte:
Jornal Brasil Seikyo - Edição 2095 - Publicado em 13/Agosto/2011 - Página A6

terça-feira, 19 de junho de 2012

INTEGRA DA PALESTRA: Sr. TSUJI (VICE-PRESIDENTE DA SGI)

Texto longo, as vezes um pouco confuso por causa da tradução, mas fantástico. Não deixem de ler!


De que maneira nós devemos orar?
PALESTRA: Sr. TSUJI (VICE-PRESIDENTE DA SGI)

 De que maneira nós devemos orar? O que é o Gohonzon? O que eu sou? Se orar, o que acontecerá?
Por que tem benefício? Se tem benefício, deve ter desde os mínimos até os máximos.  
Há uma maneira de obter benefício. É melhor ter o máximo dos benefícios, conforme o shinjin. Não aquele tipo de benefício minúsculo, mas o máximo dos benefícios. Vamos falar da tábua de shigui ± xadrez japonês.
Os números de shogui são iguais, mas existem inúmeros degraus, desde o perito até os desastrosos. É melhor o Gongyo de um perito.
Fortaleça a sua fé dia após dia, mês após mês. O que quer dizer fortaleça? O que deve ser feito para ter benefícios? Sobre todos esses assuntos, nós vamos estudar juntos, baseando nos ensinos de Daishonin, através do relato de experiência e lendo o Gosho.
Qualquer que seja o assunto, o mais importante é - as cinco orações e três orações. 
Sempre nos falam, façam o Gongyo de cinco e três orações, façam Daimoku, será que sabem que significa isso? Isso significa que, tem dentro de si que recita o Nam-myoho-Rengue- Kyo, que está inerente dentro de si mesmo.
Está mergulhado lá dentro, junto com a história.
É um sistema de co-habitação. Ciúmes também estão juntos. Sofrimento, aflição todos estão juntos. A vida que sente feliz ou piedade também.
Há várias espécies de vidas. Dentre dessas várias vidas, tem uma que brilha como o ouro reluzente. Outras vidas são grãos de areias.
Entre esses grãos de areia, há uma vida feliz, que brilha como um ouro. O que faz esta vida emergir é a prática da fé.
Está dentro dos senhores, estão compreendendo? Está dentro do universo. Dentro do sol, da terra, da estrela, da chuva, está dentro do ar. E assim, é natural que também tenha dentro de si.
O próprio universo é uma vida em si. Quando nos miramos aqui dentro, percebemos que "eu" não é sempre igual. Ontem sofremos, hoje estamos contentes. Tem ocasião em que ontem estava entusiasmado e hoje desanimado. Mesmo que a sua vida esteja determinada, há muitas vidas que aparecem e desaparecem. Há uma vida que chamamos de Buda.
Esta vida é o Nam-Myoho-Rengue- Kyo.
Essa vida vai emergir ou não? Com isso, a sua sorte ou destino estará decidido.
Para fazê-lo emergir, só existe um meio. Orar ao Gohonzon. Antes de tudo conscientize- se de que tanto o inferno como o Buda, ambos estão dentro de si próprio.
No Gosho, "Resposta A Viúva de Lorde Ueno", diz: Tanto a terra pura como o inferno não estão somente dentro de nossos corações. A pessoa que tem essa percepção é o Buda. Pessoa que fica desnorteada nisso é o mortal comum. Para ter essa percepção, só há o Sutra de Lótus.
A terra pura, paraíso, céu, estão, dentro, não estão fora.
O inferno também está dentro. "Não tenho mais saída, é melhor morrer." Essa vida também está dentro.
Vida assim é que se estrangula, ou toma veneno ou ainda, se suicida com gás.
Se suicida porque emergiu dentro. Se emergiu de dentro para fora, porque está lá dentro. A alegria também está dentro.
O seu time está vencendo, é invicto. A alegria é grande demais a ponto de dar pulos.
A alegria está dentro, por conseguinte, o Buda também está dentro. O inferno também. 
Ciúmes, história, tudo está dentro. Isto é muito interessante. Para ter essa percepção só há o Sutra de Lótus. Não poderemos compreender isso, se não chegarmos ao Gohonzon.
Por quê? Por que outros Sutras ensinam que o Buda está fora. A vida é um contínuo sofrimento.
Tem oito tipos de sofrimentos. Dizem que tem quatro e oito sofrimentos. Mesmo chorando recite o Nam-Myoho-Rengue- Kyo.
Enquanto estiver vivo sofre muito, mas quando morrer nascerá no outro lado do rio. Diz que lá é o paraíso, por isso, dizem que foi para o céu.
O Buda está lá no outro lado, e por isso chama-o de terra pura. Mesmo que nesta vida sofra horrores, se recitar namuamidabutsu, O Buda Amida, espera por você. No mundo Joruri no leste está o Buda Yokushil. 
Os ensinos pré-Hokekyo ensina que o Buda está no outro lado do rio. Isso se chama hobam (meio, tática). É algo como arco-íris,de longe é lindo, mas quando chegar perto, não há absolutamente nada. Ensinou isso, como um meio, na verdade não há nada.
Na verdade, está dentro de você. Não está fora. O Sutra de Lótus ensina que, aquela vida que emerge dentro de você é o Buda. Isso é verdadeiro. 
Outros Sutras dizem que está no outro lado do Rio. O Sutra de Lótus diz: está aqui: "Gashido Anon". Poderá conquistar a felicidade, aqui e agora. Se conseguir isso, (será feliz aqui, durante o trajeto e também quando chegar lá), Isso quer dizer que sempre será feliz e no Budismo, isso é chamado de Jo- Raku-Ga-jo (sempre feliz e puro).
Feliz acordado, feliz dormindo, feliz na morte. Sempre feliz e sou genuíno. Isso é Jo-Raku-Ga-jo. Jô-Zai-Ryojusen. Isso quer dizer, o Nam-Myoho-Rengue- Kyo está dentro de si, está mergulhado lá no fundo. 
É como se tivesse trancado com cadeado. Jamais conseguiria evidenciar por si só.
Na realidade, não compreendemos nada sobre a própria vida.
O forte de você estar aqui agora, todos sabem, mas ninguém consegue ver o seu próprio rosto. A vida tem formato e espírito (kokoro), mas ninguém consegue ver a sua própria forma ou espírito. O que deve fazer? Coloque um espelho na sua frente (do lado de lá).
O espelho, lá fora. Assim, o seu rosto reflete no espelho. Ninguém olha para o espelho, pensando em obter o benefício do espelho. Normalmente vê o espelho pensando em ver o seu próprio rosto.
Quando vai orar ao Gohonzon, o certo seria consagrar o Gohonzon lá em frente, e reverenciar- se decidido a evidenciar o Buda que está dentro, não é? Se ficar olhando ao Gohonzon pensando, será que o beneficio virá? Não vem não. Diretamente não. Mas, quando oram, pedindo sinceramente, por favor, cure o meu câncer no estômago, o câncer no útero,etc. Curam-se mesmo. Por que ficam curados? Será que o Gohonzon aplica-lhe uma injeção? Será que o Gohonzon dá-lhe remédio para tomar? Não! Quando oram ao Gohonzon, por favor, quero ter renda maior, faça com que o meu negócio vá bem, o comércio próspera. Por quê? Será que dão dinheiro? Não. 
Nitiren Daishonin fez com que a vida do Buda que estava lá dentro, emergisse para fora. "Eu, Nitiren, escrevi a minha vida em sumi", dando um formato concreto para que nós possamos ver. Isso é algo que ninguém consegue fazer. Somente Nitiren Daishonin é que tem esse poder. Mesmo o Buda Sakyamuni, não pode fazer.
Este Gohonzon é para chamar Nam-Myoho-Rengue- Kyo que está dentro de você.
Há uma vida que possui a mesma função deste Gohonzon dentro de você. Essa se chama Nam-Myoho-Rengue- Kyo, pois tem a função do Buda. Natureza do Buda, índole do Buda, caráter do Buda, natureza colérico, Nyo-Ze-Sho, aquela pessoa é amável, aquela pessoa é impaciente, aquela pessoa é pacata, aquela pessoa é brincalhona.
Tudo isso é o caráter natural. Esse caráter não possui um formato nem cor, mas estão dentro do corpo. Dentro desse corpo estão 10 vidas.
Um corpo que possui 10 canais. O corpo é o televisor e ele tem 10 canais. Isso quer dizer, para você evidenciar o canal do Buda. Com isso, sentirá sempre feliz e límpido, ao despertar, ao deitar, até mesmo ao morrer. Ao despertar, desfrute a vida, realizando seus desejos, durante o sono, tenha um sono tranqüilo e ao morrer, goze no Ryoju sem, dizendo, que lugar bonito, lugar maravilhoso.
É um nível de vida esplendida e tranqüila.
Por isso o aspecto da hora da morte é bonito.
Está sorrindo. Isto porque dentro da vida, o coração (kokoro) está contente, feliz.
E, retornará sem demora (renascerá). 
Nyaku-Tai-Nyaku- Shitsu. Se nascer, infalivelmente nascerá como um ser humano. Infalivelmente encontrará com o Gohonzon.
Certamente reencontrarão com seus familiares. Isso é o benefício do Gohonzon.
O vovô faleceu. Se pensar que ele vai ficar no túmulo para sempre está totalmente enganado. Nascerá de novo. Quando nascer, compreenderá que ele voltou, pois, será muito parecido. O semblante parecido. É natural, é a própria pessoa que veio.
O caráter será parecido. Nho-Ze-Sho - parecido. Se ele foi bom na pintura, desde neném será bom na pintura. Se teve letras bonitas, infalivelmente terá boa caligrafia.
Se foi impaciente quando neném, o será também. Porque é ele próprio. A diferença é que, aquele era idoso e este é neném.
Os familiares perceberão logo, pois o caráter e formato são parecidos.
Ah! A vovó veio, identificarão de imediato. Isso se estiver praticado corretamente.
As pessoas que estão praticando por obrigação, pensando, preciso praticar, preciso fazer Daimoku, pessoa assim, não conseguirá compreender. Por isso, é importante fazer Daimoku sincero e profundo.
Feliz ao despertar, feliz ao deitar, feliz ao morrer, sim porque retornará logo e continuará na prática. Quando pensarem nisso, compreenderá quão importante é orar ao Gohonzon.
A vida é algo que emerge dentro da gente, após chocar com algo que está fora de nós.
Nós vemos a flor de lírio e no mesmo instante, dentro da nossa vida surge algo como, que bonito, não é mesmo? Vê flores de cerejeira, e lá dentro, que maravilha, não é?
Regozija-se no interior, a flor que está fora, chama-se isso de hananí (apreciar flores). 
Vê Monte Fuji que está lá fora e a gente exclama, oh! O Monte Fuji está belíssimo hoje!
A paisagem está fora, não é? Aprecia-se no interior de sua vida. A isso, nós chamamos de viagem de turismo.
Piano está fora gozamos dentro. Apreciar o piano que está fora através do ouvido. Isso é a música. Assiste ao filme do Festival Cultural que está fora, e no interior, emocionado chega a chorar. Isso, porque a vida do festival que está no filme vai de encontro com a vida de festival que está dentro de nós. Sente-se nojo ao ver uma barata. Sente-se medo ao ver uma víbora, tudo, é o encontro de fora e de dentro, o Gohonzon que está lá fora, emerge dentro de nós através de Nam-Myoho-Rengue- Kyo.
Ligue o canal de Buda e ore. As flores, as paisagens, ou as obras de arte, não se movimentam, mas através dos olhos fazem emergir dentro de nós, a vida que chamamos de prazer ou alegria. 
A prática do Gongyo é apreciar e emocionar-se com o Gohonzon que está fora, no interior do seu ser. Gosto de música, adoro turismo, aprecio muito as flores, sou vidrado por TV, mas não gosto muito de fazer Gongyo.
Aqui está a diferença de se ter ou não os benefícios.Daishonin diz que:
"Não há maior felicidade para os seres humanos, que recitar o Nam-myoho-rengue- kyo". Qualquer que seja a diversão ou o lazer, não tem como comparar ao Nam-myoho-rengue- kyo.
O problema é, será que compreende isto? Ou não? Na realidade, não estão muito prazerosos em fazer o Gongyo.
O Buda está dentro de você e do Gohonzon que está fora, são iguais, tem a mesma função, compreende? 
O encontro do estado de Buda seu e a vida de Nitiren Daishonin, produz algo parecido com um choque elétrico. Isso é denominado de Kan -o-Myo (misticidade de sentir e corresponder) , Kan (sentir), O (corresponder) , Myo (místico).
Através desse encontro de Buda (seu) com o Gohonzon, o Nam-myoho-rengue- kyo que está dentro de você se explode (devido aquele choque elétrico acima mencionado. 
"A grande alegria entre todas as alegrias", assim, o seu corpo terá a mesma função, ou melhor, funcionará tal como Nam-Myoho-Rengue- Kyo. Isso é o So-Sei (ressurreição ou renascimento).
"Myo quer dizer ressurreição", se você conseguir alcançar este nível, ou seja, conseguir ser igual ao Buda, não existirá um Buda com câncer no seio. Nunca vi um Buda asmático, nem Buda com paralisia infantil, muito menos um Buda pobre.
(Nota: significa que conseguirá solucionar todos os seus problemas, quaisquer que sejam). Essa cerimônia de chocar-se com o Gohonzon (para produzir a explosão) chama-se "Gongyo".
Explicando com exemplos: Quando nós escalamos as montanhas, às vezes levamos um choque daqueles raios do relâmpago. Isso porque temos eletricidade dentro de nós.
Se não tivéssemos eletricidade no corpo, não aconteceria nada. Temos eletricidade, por isso se chocarmos com o relâmpago teremos a morte instantânea. 
Se entrar em choque com o Gohonzon teremos So-Sei, ou melhor reviveremos. Por quê? Porque temos algo idêntico. Temos a natureza do Buda dentro e lá fora tem o Gohonzon com o seu formato. O Nam-Myoho-Rengue- Kyo que temos aqui dentro não tem formato, mas tem a mesma função. 
Por evidenciar essa função, o Gohonzon é o Pai. Por ser os beneficiados, nós somos os filhos. O Gohonzon diz: Eu sou o Pai (Ga-Yaku-Ise- Bu) todos são meus filhos. Vocês são meus filhos queridos e preciosos filhos. Somos pai e filhos, por isso eu quero dar todos os meus bens. Não somos estranhos, são filhos, por isso eu não me sossego enquanto não fizer todos vocês iguais a mim.
Esse é o Gohonzon. Quero fazer o quanto antes, vocês se tornarem Budas igual à mim. Quero que vocês consigam rapidinho, uma vida feliz. Quero lhe dar uma vida feliz que desfruta, feliz ao despertar, feliz ao deitar, feliz ao morrer. Sofrem com doenças, pena-se com pobreza, sofrem por causa dos relacionamentos humanos, ficam neuróticos, vocês não tem jeito mesmo.
Oh! Como eu gostaria que todos vocês conseguissem o mais rápido possível, alcançar o estado de Buda e tornarem o mesmo que eu. O Gohonzon pensa assim (anseia), todos os momentos. Mai ji sa ze nenI ga ryo shujoToku nyu mu-jo-doSoku joju busshin.
(Medito constantemente como conduzir as pessoas no caminho supremo para que atinjam imediatamente o Estado de Buda) Como vou fazer para torná-los Buda rapidamente?
O Gohonzon anseia fazer todos vocês um Buda igual a Ele. O Gohonzon é para tornarmos igual a Ele. Vocês não pensam assim, não é? Será que o Gohonzon me dará o beneficio? 
Acho que não dá. Com esse pensamento, não mostra a relação de pai e filho. Não está íntimo. O Gohonzon é muito mais íntimo. Compreende? Pois, encontrará em fusão (choque) com o Nam-Myoho-Rengue- Kyo que está dentro de nós. 
O ser humano, por exemplo, quando tem algo em comum, entram em choque também, a isso nós chamamos de namoro. Ambas as partes desejam, o amor mútuo entra em fusão. Se uma parte não amar, não tem fusão, e sim, teria a frustração. 
Quando desligar do Gohonzon, isso é taiten. Mesmo que não chegue a desligar, se a sua oração é débil, com sentimento de obrigação, eu preciso orar, preciso fazer Daimoku, a voltagem da prática da fé está muito fraca. Com isso, é natural que o benefício seja fraco também. Quando a nossa voltagem de Shinjin for vigorosa e forte, a alegria explodirá.
Isso depende de sua prática da fé, forte ou fraca. 
O benefício chegará de acordo com a sua disposição da prática da fé. Se o seu Shinjin é intenso ou débil, se você pratica com alegria e prazer ou não, tudo depende da intensidade de Shinjin.
De qualquer maneira, está dentro de si. Não há Nam-Myoho-Rengue- Kyo fora de si.
Esse é o ponto primordial. Mesmo quando vai orar ao Gohonzon, pense:
Esse Gohonzon vai convocar o Nam-Myoho-Rengue- Kyo que está dentro de mim, mas isso é o mesmo que o Gohonzon emergir dentro de mim,... Quanta honra! É o mesmo que, o Gohonzon que está no Butsudan (oratório) emergir dentro de mim.
Pois o cadeado de Nam-Myoho-Rengue- Kyo que está dentro de mim vai se abrir! No Gosho (escritura)"A Iluminação Pelo Sutra de Lótus" há o seguinte: Se recitar o Nam-Myoho-Rengue- Kyo oralmente, a nossa natureza de Buda será despertada sem falha.
Reverenciar (orar) ao Gohonzon que está dentro de nós. Nós vemos as flores que está lá e nós alegraremos aqui dentro. O processo é o mesmo. Por isso, quando vai orar ao Gohonzon, deve orar de uma maneira que faça emergir do fundo de seu ser, e não da maneira que o vê somente lá fora (dentro do oratório). 
No Gosho (escritura) "Resposta a Dama Nitinyo" diz: "Nunca procure este Gohonzon em outros lugares. Ele somente pode habitar no coração das pessoas comuns como nós que abraçam o Sutra de Lótus e recitam o Nam-Myoho-Rengue- Kyo.
O corpo é o Palácio da Nona Consciência, a entidade que fundamentalmente revela sobre todas as funções espirituais do homem". A possessão mútua dos Dez Estados de Vida indica que todos os estados, sem exceção, estão contidos em um. É neste sentido que o Gohonzon é chamado de Mandala, em sânscrito, e é indicativo de "perfeita mente dotado e " total concentração de benefícios". 
Este Gohonzon existe unicamente na palavra fé, tal como o Sutra ensina: "Pode-se penetrar através da fé". Os discípulos de Nitiren bonzos ou leigos, seguindo as frases do Sutra "honestamente abandonemos ensinos provisórios" e nunca aceitem nem mesmo uma única frase dos sutras, podem entrar na Torre do Tesouro do Gohonzon através da purafé no Sutra de Lótus. 
Que fato tranqüilizante! Tudo depende da força da sua fé. Não pense que este Gohonzon está fora de você. Nunca procure em outros lugares. No coração das pessoas comuns como nós que abraçamos o Sutra de Lótus.
No coração das pessoas que crêem e recitam o Nam-Myoho-Rengue- Kyo. No coração ± dentro de nós, o Gohonzon emerge dentro do coração. 
Significa que, o tudo do nosso corpo se torna Nam-Myoho-Rengue- Kyo. É o mesmo que o Gohonzon emergiu dentro de nós. Conseguindo isso, o coração está tranqüilo, pois, isso é o"Jô-Raku-Ga-Jo" . Qualquer que seja o dia, a hora, até mesmo o local, sente-se em paz, tranqüilo, sempre amável, bondoso, nunca se alterando, sereno e alegre.
Vai ser uma pessoa com fama de: pessoa amável, pessoa magnífica, pessoa magnânima, pessoa sincera, dedicada, etc., etc. A isto Daishonin denominou de Kushiki-Shin- No-Shin-Nyo- No-Myako (O corpo é o palácio da Nona Consciência, a entidade que fundamentalmente reina todas as funções espirituais do homem). Realmente, terá uma tranqüilidade no coração. E, se o Nam-Myoho-Rengue- Kyo emergir dentro, que doença pode, portanto ser um obstáculo? 
Qualquer que seja a doença terá a sua pronta recuperação. Não existe isso de "Esta doença não dá para curar". Porque emerge a força capaz de expulsar qualquer doença. Você se transformará em um sadio. Toda fortuna será concedida. Será como um imã que atrai o ferro. Basta chamar aquilo que deseja, assim como imã atrai o ferro.
Oh! Como eu quero dinheiro! O dinheiro vem. Preciso de mais roupa!Consegue roupa. Quero uma casa, o aluguel está caro demais! Terá a casa. Quero me casar! O seu par aparecerá.
O Nam-Myoho-Rengue- Kyo é uma vida como um imã, atrai tudo aquilo que você desejar. Denominado de Mandala.
Dentro de um estado de vida, existem todos os dez estados, sem faltar um se quer. O estado humano (nin-aki) de um ser humano está dotado de, desde o estado de Buda até o estado de inferno. O mais baixo, o mais sofredor é o inferno, depois é o estado de fome, animalidade, ira, humano, alegria, erudição, absorção, bodhissatva e Buda, é o mesmo que os 10 canais, sem dúvida têm todos dentro de você. Recite o Nam-Myoho-Rengue- Kyo e instantaneamente, o canal de Buda fica aceso.E o próprio Mandala é uma palavra original da Índia e significa o Gohonzon. Gohonzon, quer dizer, concentração de benefícios.
Se através da recitação do Nam-Myoho-Rengue- Kyo, emergir vigorosamente aqui dentro, instantaneamente se torna concentração de benefícios. No entanto, diz que está cheio de sofrimento, concentração de sofrimento. Por quê? Porque não existe alegria nas suas orações. Pois, as orações prazerosas e alegres é que transformam em benefícios.
Se dentro da vida, não tiver a vida alegre, não tem como. Por isso eu tenho falado repetidamente, deve mirar o seu interior. Está lá dentro. Nunca procure este Gohonzon em outros lugares. Não olhe para fora, olhe para dentro..É algo extremamente maravilhoso, não acha? 
Recitar o Daimoku assim, como se estivesse saboreando o mais gostoso dos quitutes.
Que gostoso! Que saboroso! No Sutra de Lótus consta:"Shiki-Kô-Mimi" , que saboroso! Deve fazer Daimoku saboreando-o, como se estivesse saboreando o melhor dos quitutes, fazendo com que emirja dentro de você. Essa é a maneira correta de fazer Gongyo. Se o Gohonzon vai emergir dentro de você, você não gostaria de deixar impurezas no seu interior, não é? Acredito que não vai deixar as bactérias ou micróbios de câncer ou diabete, não é mesmo? Pois, seria grande desrespeito ao Gohonzon, não fazer uma limpeza completa no seu interior para que o seu Nam-Myoho-Rengue- Kyo possa emergir genuinamente, não acha? 
No entanto, não se deve vê-lo lá fora, e orar como se fosse um mendigo pedindo esmola. Será que vou ficar bom? E se não sarar, o que faço? Isso é horrivelmente fraco na prática da fé. Não tem um pingo sequer de alegria da prática da fé. 
É um desrespeito. Vamos, portanto, evidenciar o Gohonzon vigorosamente e fazer uma lavagem completa. Levar de dentro, do fundo do seu ser. Isso é o Gongyo.
Quando fizer assim, até a medula óssea se torna Nam-Myoho-Rengue- Kyo, até o sangue se torna Nam-Myoho-Rengue- Kyo, que coisa maravilhosa! Que felicidade!
Quando sentir assim, pode estar certo que leucemia estará curada. Quando a sua oração chegar até a retina ocular torna-se Nam-Myoho-Rengue- Kyo, começará a enxergar.
Isso é Kaimoku Sho (Abertura dos Olhos).
Se chegar até os tímpanos, problemas de surdez estarão superados. Isso porque, espalha-se por dentro. Quando espalhar por todo interior, vamos esticá-la até as pontas dos dedos, e o reumatismo se curará. Quando vai lavando, lavando, com o Daimoku, todo o interior do seu corpo, como se estivesse enxaguando, a bronquite asmática, diabete, tudo estará curado.
O Budismo vê o Daimoku do lado de dentro. Esse negócio de ver do lado de fora e orar como se estivesse fazendo exorcismo, isso é não Budismo. O cristianismo, por exemplo, tem um deus fora da gente, está lá no céu, e de lá ele manda o benefício.
Esse é não Budismo. No islamismo diz que há um deus (Alá) lá adiante e ele administra a nossa vida. Nós somos uns coitados. Estamos sendo salvos por ele. Vê deus lá adiante e pensa que o benefício vem de lá. Esse deus chama-se Alá. Será verdade? Apesar de tudo isso, é uma das três grandes religiões. Cristianismo, Islamismo e Budismo.
No Budismo diz: Nunca procure em outros lugares. Os dez canais estão dentro de você, não permita que o inferno venha à tona, não ligue o canal da ira, será infeliz, pois ira e cólera, faz perder a cabeça,pois a ira se propagará por seu corpo todo (isso é infelicidade) Quando a ira sobe à cabeça, acostumamos a falar, cabeça quente, ou perdeu a cabeça, não é? Sabe o que acontece quando a ira sobe à cabeça? Fica histérico. E sabe quando isso chega até os olhos? Ficam com aqueles olhos irados, maldosos. Se chegar até ao ventre, ficam tão zangados que dá até dor de barriga.
Contente, é o estado de alegria. Quando você sente alegria, contente, esse sentimento está lá dentro, ele percorre o corpo todo e você dá uns pulos de alegria.
Quando essa alegria chegar aos olhos, os olhos ficam sorridente, meigos, e... se o inferno emergir, sabe o que acontecerá? Se emergir coisas, como "o que eu faço?" Essa fraqueza vem aos olhos e você fica feio com aquele olhar fraco, desanimado. Se vier no estômago, fica sem apetite. Aliás, se tiver problema, nem consegue pensar em comer. 
Se o Nan-Myoho-Rengue- Kyo vai dar uma volta completa, de ponta a ponta do seu corpo, dentro do corpo, por isso, quando chega aos olhos cura tudo, catarata, glaucoma, tudo.
Se lavar a garganta, câncer na laringe, ficará curado.
Se lavar a mama, o câncer de mama se cura. Câncer pulmonar se cura. Se fizer a lavagem no ventre, os cânceres no útero, no estômago, no ovário, nos intestinos, tudo ficarão curados. Se chegar até a ponta dos pés, os pés ficarão bons. 
O shinjin é fazer essa limpeza, essa lavagem completa dentro do corpo, com Daimoku. "Hum que gostoso! Que delicioso!" recitar o Gongyo de uma maneira tão prazerosa como se estivesse comendo algo saboroso, de uma maneira sincera, caprichada, fazendo penetrar no seu interior, fala -se Gongyo, mas não consegue fazer corretamente.
Ah! Será que tenho que fazer as cinco orações mesmo? Bom, já que tenho que fazer, vou fazer rapidinho e trabalhar. Vou fazer rapidinho e lavar a roupa. Vou fazer logo e telefonar. 
Fazem Daimoku desse jeito, por isso, não dá para penetrar até aos ossos. Por isso, doenças nas juntas nunca ficam boas. Não dá tempo de chegar ao sangue, por isso as doenças como a leucemia, doenças de sangue, são difíceis de se curar.. É uma pena.
Está perdendo muito. O Gohonzon é muito precioso, por isso deve fazer com que ele emirja dentro de você, recitando Nan-Myoho-Rengue- Kyo.
Quando emergir, deve fazer com que chegue até a medula óssea. Se for um Daimoku que não consegue fazer assim, é porque está fraco, será uma perda.Faça Daimoku gostoso como se estivesse saboreando bons quitutes.Dizendo, que gostoso! Que delicioso!
Uma senhora de 78 anos de idade, A Sra. Saito. Ela tinha problema na coluna e estava com as costas encurvadas num ângulo de 90graus. Desde aos 60 anos, fazia 18 anos que estava assim. A vovó ouviu o que eu disse e pensou: Oh! Eu não sabia a maneira correta de orar.
Ela pensava que os benefícios vinham de lá. Orava de uma maneira, como um mendigo pedindo esmola, daí ela refletiu.. Oh! Isso é terrível! Perdoe-me?
E o Gohonzon faz com que ela vem à tona? Se emergir isso, estou perdendo? Ah! Então vou fazer o Nam-Myoho-Rengue- Kyo até de madrugada para justificar a minha falha até hoje! Com essa decisão ela foi para casa e fez Daimoku com todo cuidado, sincero, com extrema sinceridade. No dia seguinte, quando ela acordou as costas estavam 100% ereta, e ela começou a correr. Quem ficou pasmado, foi a vovó mesma, e depois os familiares. 
Isso é maravilhoso! Isso sim, é máximo do Budismo... Essa vovó não passou no exame de admissão de Kyogaku. Mas comprovou o Kyogaku na prática. É um exemplo... Pois, pôr na prática o que foi dito em uma noite e a coluna encurvada se esticou e ficou ereta! 
Para todos os seres humanos, não há felicidade maior que recitar o Nam-Myoho-Rengue- Kyo. Assim afirmou Daishonin.
Aparentemente está praticando, mas dentro do seu itinen, não há nada, e assim, não terá 100% de benefícios. Somente 20 ou 30%. Só com isso, não será fácil fazer a transformação do destino. É uma pena, um desperdício. 
Em fevereiro fui ao Kaikan Shiguehara da província de Tiba, reuniram-se umas 300 pessoas. Lá estava uma senhora de 76 anos. Ela estava totalmente encurvada que parecia um bezerro. Ela ouviu o relato sobre aquela vovó e pensou: Tenho 76 anos, 02 anos mais jovem que a vovó de Kawasaki. Se ela conseguiu esticar a coluna que estava encurvada em 90 graus eu não posso ficar para trás, também consigo!
Decidida, voltou para casa e recitou Daimoku com toda dedicação, como se estivesse fazendo uma lavagem minuciosa e completa no interior do seu corpo. Esta vovó ficou ereta em dois dias. O neto ficou surpreso. A vovó que parecia bezerro, de repente ficou ereta e com isso ficou alta.
Por isso (por presenciar esses relatos) eu não posso deixar de falar. 
Deve fazer um Gongyo que o benefício apareça de imediato. Um Gongyo correto, um Gongyo contendo um sentimento de gratidão, de alegria, não é uma questão de quanto tempo ficou orando. Naturalmente, é melhor fazer bastante, mas pensando em número, esquecendo da profundidade, sinceridade de oração, os benefícios também serão somente superficiais. Então você diz: Eu vou orar profundamente o Daimoku. 
Assim também não é correto. Isto seria malandragem. O melhor mesmo é, fazer uma oração gostosa, prazerosa, a ponto de vocês e sentir uma disposição gostosa, feliz, plena dentro de sua mente.(Dikimoti) Garanto que conseguirão infalivelmente. 
Em abril fui para o Distrito Gohongui no Bairro de Meguro em Tokyo. Lá estava uma Senhora, dona de Yakitori-ya (uma espécie de churrascaria, não de carne bovina, mas de aves pequenas). Disse que veio pedindo ao marido para tomar conta da loja. Ela tinha dois problemas. Um era diabete. Ela sentia muita sede, garganta seca e tinha que tomar de 04 a 05 litros de água por dia. Daí precisava ir ao toalete várias vezes ao dia e de noite também. Não conseguia ter um bom sono, conseqüentemente muito cansaço.
O outro era a lanchonete. Desde que em dezembro fui ao Distrito Tamagawa no Bairro de Ota. Lá tem uma Fuku-Tikutan que sofre de dores nas costas, na altura dos quadris, há mais de 10 anos. Ela tem uns 40 anos. Eu contei-lhe a experiência daquela vovó.. Ore dessa maneira, até penetrar nos ossos. Se não for uma oração profunda, será inútil. Não se pode dizer que é melhor fazer rápido. Ela a vovó faz um Daimoku com todo cuidado, fazendo penetrar nos ossos e curou-se em uma noite. 
Ouvindo este relato ela decidiu: Oh! A minha prática de até então não tem sido uma prática correta. De hoje em diante vou ter uma verdadeira prática. Assim ela foi para casa fez Daimoku sincero e caprichou, logo em seguida as dores foram sumindo, sumindo e não tinha mais dor. Aquela dor que ela vinha sofrendo mais de 10 anos, desapareceu em menos de uma hora, nunca mais doeu. 
Analisando, então ela fazia o Gongyo negligente até então? Não! ela praticava com toda sinceridade e fazia também o Chakubuku. Então porque continuou sofrendo?
Porque não tinha a alegria da prática da fé espontânea e sincera. Praticava sim, mas com sentimento de obrigação. Preciso fazer Gongyo, preciso orar. Assim o Gohonzon também dava benefício meio forçado.. Já que tenho que fazer, vou fazer rápido, para fazer outra coisa. Esse tipo de prática, é na verdade relaxada. Está fazendo Gongyo para terminar logo? Até parece que está fazendo algo desnecessário. Não é? 
Para todos os seres humanos, não há felicidade maior que recitar o Nam-Myoho-Rengue- Kyo. Assim afirmou Daishonin. 
Ore com a disposição muito mais feliz do que um cego que começou a enxergar. Quando conseguir isso, terá 100% de benefícios. No Gosho "O Daimoku do Sutra de Lótus diz: sendo assim, quando vai recitar o Daimoku deste Sutra deve fazê-lo com disposição máxima de alegria mais do que um cego vê pela primeira vez os seus pais, ou um prisioneiro de guerra encontra-se com seus filhos e esposa após ser liberado do cativeiro." 
O fato de poder reverenciar o Gohonzon-Sama é algo mais feliz, mais raro de acontecer, por isso, ore com essa disposição. Poderá alcançar qualquer que seja seu pedido. Por isso dizem para que nunca abandonar o Gohonzon.
(Myoshin-Ama Gozen Gohenji ± Pagina 1477) SUSTENTANDO A FE NO GOHONZON Recebi seus vários oferecimentos. Estou lhe confiando o Gohonzon para a proteção de sua jovem criança. Esse Gohonzon é o coração do Sutra de Lótus e os olhos de todas as escrituras. É como o sol e a lua no céu, um poderoso governante na terra, o coração num ser humano, a jóia da concessão dos desejos entre os tesouros e o pilar de uma casa.
Quando se abraça esse mandala, todos os Budas e deuses juntam-se ao redor da pessoa, acompanhando- a como uma sombra, e protegem-na dia e noite, como guerreiros guardam seu soberano, como pais amam seus filhos, como peixe precisa da água, como as árvores e plantas anseiam por chuva, ou como os pássaros dependem das árvores. Deve confiar nesse mandala como todo o seu coração. 
Com profundo respeito, NITIREN - No vigésimo - quinto dia do oitavo mês

quarta-feira, 9 de maio de 2012

ESPERANÇA!

Esperança, na ótica do Budismo Nitiren, se refere a uma revigorante energia vital fluindo do âmago da vida e enchendo a mente e o corpo de vontade de luta.


O que é esperança?

Esperança é um sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que se deseja. É a confiança em algo positivo. Mas apesar da origem etimológica da palavra fazer menção a esperar algo, no budismo o termo ganha pujança.
O presidente Ikeda em muitos discursos e em diálogos incentiva seus discípulos olhando fixamente com máxima força e bradando: “Kibô!” (esperança). Neste sentido, esperança é jamais desanimar, é reunir forças de onde parece não haver e orar ao Gohonzon com forte fé tendo a mente serena e o coração cheio de coragem.

“A prática da fé é a eterna esperança”

por Daisaku Ikeda

Rei Alexandre, o Grande

Uma fé forte e invencível é crucial. A oração é crucial. A fé e a oração determinam tudo.
O rei Alexandre, o Grande, preparou-se demoradamente e organizou sua partida para o Oriente e para o mundo. O jovem grande rei distribuiu todos os seus tesouros e riquezas para seus súditos, dizendo:
— Concedo tudo isto a vocês. Portanto, sigam-me tranquilamente sem nenhum receio!
Um dos súditos, estranhando essa atitude, perguntou-lhe:
— Ó meu rei! Vossa Majestade concedeu todos os seus tesouros aos súditos. Desta forma, seu cofre ficará completamente vazio. O que Vossa Majestade pretende fazer?
O rei Alexandre, sorrindo, respondeu-lhe:
— Eu não concedi todos os meus tesouros. Minha maior riqueza está guardada cuidadosamente ao alcance de minhas mãos.
O súdito, sem entender nada, perguntou-lhe novamente:
— Desculpe, majestade, mas não consigo vê-la. Onde é que está guardada?
O rei disse-lhe finalmente:
— Meu tesouro secreto e mais precioso chama-se “esperança”.


Ter esperança é crucial

Não há tesouro mais precioso que a esperança. Se possuir esperança, tudo pode ser alcançado e conquistado. Caso se empenhem na vida diária com ardente esperança, também será possível conquistar todos os outros tesouros.

A chama da fé

Somente a esperança pode extrair a energia e a capacidade inerentes na vida humana.A esperança é como a baqueta que produz sons nos tambores. A chama que faz arder a esperança ao máximo é a prática da fé e a prática da fé é a eterna esperança.

Esperança é vida. Desesperança é morte

O grande poeta inglês Shelley disse: “Se o inverno chegou, a primavera não está distante”. E o espanhol Cervantes escreveu: “Não há noite que não amanheça”, “O inverno infalivelmente se torna primavera” e “Enquanto houver vida, haverá esperança”.

Erga a cabeça. E avance.

Se você viver com grande esperança crescerá e desenvolver-se-á ampla e plenamente. Por isso, aconteça o que acontecer, jamais desista nem seja derrotado.
No fundo de nosso coração existe a primavera, uma nova manhã e um radiante sol. Sempre avance de cabeça erguida. Esperança é vida e desesperança é morte. Esperança é vitória e desistência é derrota.

“Biologia da Esperança”

Daisaku Ikeda diz: "Tive o prazer de conhecer o Dr. Norman Cousins (1912-1990) e tê-lo como um grande amigo. Considerado como a consciência norte-americana, denominou sua última obra de A Cabeça em Primeiro Lugar: a Biologia da Esperança e o Poder Curador do Espírito Humano. É uma obra muito interessante na qual o Dr. Cousins procura comprovar cientificamente que a força da esperança influencia o corpo humano.
Ele escreveu: 'A força de vontade de viver ativa a fábrica de remédios que existe no corpo humano'. O presidente Toda disse também que'o corpo humano é uma indústria farmacêutica'.
De acordo com o Dr. Cousins, a esperança de continuar vivendo faz com que o cérebro emita uma ordem ao corpo humano para ativar seu metabolismo a fim de combater as doenças. A esperança é o comandante que conduz a vida para a vitória. É uma arma secreta, a mais poderosa do arsenal da vida humana.

Rir é bom para a saúde

Rir também é bom para a saúde pois libera a endorfina, que é uma substância com propriedade analgésica. O Dr. Cousins cita as palavras do humorista norte-americano Josh Billings (1818–1885), que disse: “Há muita diversão na medicina, mais há muito mais medicina na diversão”.
O Dr. Cousins comentou: “O ponto mais precioso que aprendi na escola de Medicina foi a importância de encorajar os pacientes para que consigam recuperar o ânimo e a confiança em si próprios. Não é apenas oferecer algum conforto espiritual, mas uma luta de vida ou morte para despertar todas as forças e recursos inerentes no corpo do paciente. A confiança e a esperança são fatores determinantes que ativam a farmácia interna para que trabalhe com toda a intensidade.”

Pense algo maravilhoso

Ele fez também a seguinte experiência: Extraiu um pouco de sangue de um paciente. Esperou cinco minutos e extraiu novamente uma outra amostra. Dependendo do que o paciente pensou nesses cinco minutos, verificou-se uma alteração no sistema imunológico. Repetindo essa experiência com várias outras pessoas, ele concluiu que o sistema imunológico torna-se mais ativo e forte quando as pessoas pensam em algo maravilhoso.

Esperança viva

Ao contrário, quando imaginam coisas que não trazem esperança, ocorre um enfraquecimento no sistema imunológico. Portanto, conversem com as pessoas e ofereçam uma forte esperança. Com isso, a esperança estará sempre viva dentro de nós mesmos.

A longa jornada da vida

O Dr. Cousins continua: “a morte não é a pior tragédia no curso da vida, mas, sim, morrer sem descobrir a possibilidade de crescer ainda mais”.
Exemplo: “Eu sou assim mesmo. Não consigo fazer mais nada. Já cheguei ao limite de minha capacidade” — esta alegação não tem na verdade nenhum fundamento. É apenas uma mera desculpa para justificar o próprio fracasso. Mesmo nessa condição, é preciso sustentar a esperança para mudar a situação e abrir um novo caminho para o próprio desenvolvimento.

A vitória de Nitiren

Jossei Toda afirma: “Nitiren despertou para o grande ideal de promover a revolução humana do mundo aos dezesseis anos, alcançou a percepção do grandioso princípio filosófico que permeia todo o Universo aos 32 e manteve sempre acesa a chama da esperança e de seus sonhos da juventude até o momento de sua morte, aos 61 anos. Sua vida foi realmente uma majestosa obra em prol da felicidade absoluta de toda a humanidade."

A fonte está no Gohonzon

Toda conclui: “Sejam jovens ou idosos, desejo que abracem com convicção a esperança na vida diária e vivam em prol dessa esperança. A fonte da energia vital que permite viver por essa esperança encontra-se no Gohonzon, que contém a própria vida de Nitiren Daishonin.”

Gohonzon, a chave da esperança revitalizadora

O Gohonzon é uma fonte inesgotável de esperança. O Budismo Nitiren é o “Budismo da Esperança”. Foi justamente em meio à Perseguição de Tatsunokuti e ao Exílio na Ilha de Sado que Nitiren revelou o Gohonzon pela primeira vez. Foi num momento em que a vida dele estava em risco. O exílio era como ser atirado num escuro e gélido calabouço.

O Gohonzon é fonte de esperança

Nesse local desesperador que não transmitia a mínima esperança, ele revelou o Gohonzon, que concede a maior das esperanças para a humanidade. Eis aqui um profundo significado: O Gohonzon não foi inscrito dentro de um belíssimo e suntuoso templo, nem em meio à extravagância e opulência, muito menos para obter autoridade.

O Kossen-rufu

Mesmo enfrentando severas perseguições, Daishonin fez arder as chamas da grandiosa esperança do Kossen-rufu e incutiu no Gohonzon o espírito de lutar a todo o custo por esse ideal.

Jamais perca a fé

“Eu, Nitiren, inscrevi minha vida em sumi.” (END, vol. I, pág. 276.) Isto quer dizer que Daishonin incorporou no Gohonzon todo o seu espírito de lutar pelo Kossen-rufu. Por esta razão, aqueles que deixam de lado a fé no Kossen-rufu não conseguem a verdadeira fusão de sua vida com o Gohonzon.

O budismo é o mito do valor universal

O Dr. Joseph Campbell, um dos grandes nomes em Mitologia Comparativa relata sua conclusão após pesquisar e comparar pensamentos e mitos de todos os tempos e cantos do mundo:
“As mudanças que ocorrem no mundo obrigam também a uma mudança nas religiões. Embora não existam mais fronteiras no mundo contemporâneo, não abraçamos ainda um mito de valor universal que englobe nosso planeta Terra. De acordo com meus conhecimentos, o budismo é o único que mais se aproxima do mito do valor universal, pois revela a existência da natureza de Buda em todos os fenômenos. O fator mais importante é o ato de perceber essa natureza.

“Mito” como “filosofia”

Ele utiliza a palavra “mito” com o mesmo sentido de “filosofia”. O “ato de perceber essa natureza” não é senão nosso movimento pelo Kossen-rufu. É o movimento que visa a despertar as pessoas para a natureza de Buda inerente em si mesmas, para a percepção do ilimitado potencial existente em sua vida e para ensinar a fonte da inesgotável esperança.

Fonte:
Jornal Brasil Seikyo - Edição 2037 - Publicado em 29/Maio/2010 - Página A6

domingo, 6 de maio de 2012

O QUE É A SOKA GAKKAI?

Soka Gakkai

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Soka Gakkai é a designação de uma ong que tem como objetivos o estabelecimento da paz, da cultura e da educação. Tem como base filosófica o Budismo de Nitiren Daishonin. Possui aproximadamente 15 milhões de membros em 192 países e territórios do mundo.
O budismo de Nitiren Daishonin tem como prática principal o Daimoku que consiste na recitação do mantra "Nam-Myoho-Rengue-Kyo" .
Após um grande desenvolvimento ao redor do mundo, em 1975 foi fundada por Daisaku Ikeda na Ilha de Guam a Liga Budista Internacional, posteriormente denoominada Soka Gakkai Internacional - SGI
Em Outubro de 1981, a Soka Gakkai Internacional foi oficializada como organização não-governamental (ONG) de posição consultiva no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e no Departamento de Informações Públicas (UNDPI). Em maio de 1983, foi registrada como uma ONG no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas e, em 1989, integrou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). É também entidade membro da World Federation of United Nations Associations - Federação Mundial das Associações das Nações Unidas (WFUNA).
No início dos anos 90, fortes divergências com a ordem clerical associada, a escola Nitiren Shoshu, levaram a uma separação definitiva entre as duas. Atualmente é uma organização sem uma ordem monástica associada.
A história da Soka Gakkai é repleta de desafios e triúnfos e foi construída sob a liderança de seus três primeiros presidentes, considerados pelos membros desta organização como os eternos mestres do Kossen-rufu: Tsunessaburo Makiguti, Jossei Toda e Daisaku Ikeda.

 

História

Em 1903, aos trinta e dois anos de idade, Tsunessaburo Makiguti publicou, pouco antes da Guerra Russo-Japonesa, a obra Geografia da Vida Humana. A mentalidade da sociedade japonesa da época pode ser simbolizada pela atitude de sete famosos acadêmicos do Japão, da Universidade Imperial de Tóquio, que fizeram uma petição ao Governo para que endurecesse sua postura com a Rússia, inflamando ainda mais a população à guerra. Já Makiguti, um professor desconhecido, enfocava a comunidade local, mas com a consciência da cidadania global.
Aos quarenta e dois anos, Makiguti foi nomeado diretor de uma escola primária em Tóquio e durante os vinte anos seguintes desenvolveu algumas das mais notáveis escolas públicas de Tóquio.
Uma das maiores influências no pensamento de Makiguti foi o filósofo americano John Dewey, em cuja filosofia se baseou para criar uma mudança no sistema educacional japonês. Um franco defensor da reforma educacional, Makiguti encontrava-se sob constante vigilância e pressão das autoridades.
Em 1928, aos 57 anos, Makiguti conheceu o budismo e sentiu que havia encontrado nessa filosofia os meios pelos quais poderia concretizar os ideais que buscara durante toda a vida — um movimento pela reforma social por meio da educação. Em 18 de novembro de 1930, Makiguti e seu discípulo e também professor, Jossei Toda, publicaram o primeiro volume do livro Sistema Pedagógico de Criação de Valores (Soka Kyoikugaku Taikei). Eles decidiram chamar a editora de Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Educacional de Criação de Valores) e formaram um grupo para empreender atividades educacionais e religiosas, o qual foi a instituição precursora da Soka Gakkai.
Makiguti pretendia publicar doze volumes da obra. O primeiro foi lançado em 1930. O segundo, em 1931, o terceiro em 1932 e o quarto, em 1934. Os oito volumes seguintes jamais foram publicados. Dez anos se passaram desde o lançamento do quarto volume até o falecimento de Makiguti na prisão em 1944. A visão de Makiguti passou por uma grande mudança nesse período por ter se convertido ao Budismo de Nitiren Daishonin. Seu interesse por essa filosofia era tão grande que ele passou a se dedicar totalmente às atividades da Soka Gakkai. Ele via nela a possibilidade de propagar seus ideais humanísticos em prol da educação.
Em 1935, o estatuto da Sociedade Educacional de Criação de Valores ficou pronto. O artigo 1º estabelecia o seu nome e o artigo 2º estipulava que seus objetivos estavam voltados para as pesquisas relacionadas à criação de valores, ao desenvolvimento de professores altamente capacitados e à reforma do sistema educacional do país. Em julho de 1936, o primeiro dos seminários foi promovido pelo grupo no alojamento Rikyobo, no Taissekiji. Em 1937, Makiguti, Toda e mais de cinqüenta pessoas realizaram uma cerimônia no Auditório Meikei de Tóquio, marcando um novo início para a organização, e assim instituindo oficialmente a Soka Kyoiku Gakkai. Iniciou-se também um grande movimento de propagação do Budismo Nitiren com a realização de reuniões de palestra, que logo se tornou uma atividade tradicional da organização.
Em 1940, foi realizado um segundo encontro. A organização havia atingido o número de quinhentas famílias, sendo necessária uma revisão em seus regulamentos. Makiguti foi nomeado presidente e Toda, diretor-geral. Nessa época, eclodiu a Segunda Guerra Mundial com a invasão da Polônia pelos nazistas. As tropas do Japão também avançavam, invadindo a China e a Coréia.
Observando o desenrolar dos acontecimentos, Makiguti criticou abertamente a política do governo japonês de unificar todos os ensinos ao xintoísmo, religião oficial do governo. Como conseqüência, em junho de 1943 os líderes da Soka Gakkai foram convocados a comparecerem ao Taissekiji. Nessa ocasião, o clero sugeriu que os membros da organização acatassem a decisão do governo e abraçassem “provisoriamente” o talismã xintoísta. Makiguti ficou indignado com essa proposta que feria totalmente o espírito do Budismo de Nitiren Daishonin. Em vista disso, todas as atividades da Gakkai passaram a ser vigiadas pela polícia Especial de Segurança.
Makiguti não se intimidou e isso resultou na prisão dele, de Toda e de vários líderes da organização, acusados de violarem a Lei da Preservação da Paz e de desrespeitar os santuários xintoístas. Devido à pressão, somente Makiguti e Toda mantiveram-se firmes e irredutíveis. Makiguti foi enviado à prisão de Sugamo e submetido a interrogatórios, sendo privado de todos os direitos, até de escolher seu próprio advogado, sofrendo diversos tipos de privações. Debilitado pela desnutrição, no dia 17 de novembro de 1944, Makiguti pediu aos carcereiros que o transferissem para o ambulatório da prisão, onde logo entrou em coma e faleceu por volta das seis horas da manhã do dia 18 de novembro de 1944, aos 73 anos de idade.
Após ser libertado da prisão, em 3 de julho de 1945, Jossei Toda deu continuidade aos ideais de Makiguti, reformulando e construindo a base da organização, que passou a se chamar Soka Gakkai (Sociedade de Criação de Valores). Em 1948, durante uma reunião de palestra - principal atividade da organização onde se realizam diálogos de vida a vida e discussões sobre a aplicação do Budismo na vida diária, Jossei Toda se encontra pela primeira vez com Daisaku Ikeda. Impressionado com os nobres ideais de Toda, suas respostas claras e convictas e sua visão de um modo correto de se viver, Daisaku decide tornar-se seu discípulo, acompanhando-o em todos os empreendimentos delineados para a propagação do Budismo de Nitiren Daishonin.
Jossei Toda assume como Presidente da Soka Gakkai em 3 de maio de 1951, quando lançou como objetivo de sua vida a expansão do Budismo de Nitiren Daishonin para 750 mil famílias. Na ocasião, a organização contava com apenas 3 mil famílias e muitos dos presentes acharam que este objetivo nunca seria alcançado.
Ele passa a viver num ritmo alucinante a fim de reconstruir a Soka Gakkai. Edificou organizações de base, realizou reuniões de palestra por todas as partes do Japão, orientou os membros sobre diversos assuntos, fez visitas às famílias e fundou as Divisões Feminina, Feminina de Jovens e Masculina de Jovens.
Ainda no ano de 1951, visando comemorar os setecentos anos do estabelecimento do Verdadeiro Budismo, Toda anunciou o projeto de publicação da coletânea completa das escrituras de Nitiren Daishonin (Gosho Zenshu). Com o auxílio de seu discípulo, Daisaku Ikeda, a obra foi lançada em 28 de abril de 1952.
Em 1957, o número de associados ultrapassou 765 mil famílias. No dia 8 de setembro daquele ano, foi realizado um festival esportivo pela Divisão dos Jovens denominado “Festival da Juventude”. Nessa ocasião, Jossei Toda proferiu sua famosa “Declaração pela Abolição das Armas Nucleares” para as 50 mil pessoas presentes no Estádio Esportivo de Mitsuzawa e a deixou como principal testamento para os jovens.
Em 16 de março de 1958, Jossei Toda liderou pela última vez uma atividade. Essa data ficou conhecida como o “Dia do Kossen-rufu”, ocasião da transmissão da tarefa de realizar a paz mundial à Divisão dos Jovens, mais precisamente a Daisaku Ikeda.
Duas semanas depois, no dia 2 de abril de 1958, Jossei Toda encerrou sua nobre existência aos 58 anos de idade, após concluir todos os seus empreendimentos.
Com o falecimento de Toda, alguns duvidavam que a Soka Gakkai sobrevivesse, mas a determinação e o empenho de Ikeda fez com que as dúvidas se dissipassem no coração dos companheiros, devolvendo-lhes esperança e dando novo impulso à organização.
Em 3 de maio de 1960, Daisaku Ikeda assume a terceira presidência da Soka Gakkai. A data simboliza a unicidade de mestre e discípulo e o espírito primordial do Budismo Nitiren. Decidido a impulsionar o Kossen-rufu mundial, no mesmo ano ele parte para o exterior para estruturar a organização e estreitar os laços de amizade entre os povos — missão que vem sendo cumprida até hoje. Com o grande desenvolvimento em nível mundial da organização, foi fundada no 26 de Janeiro de 1975, na Ilha de Guam (Havaí), a Soka Gakkai Internacional. Desde então, o budismo de Nitiren Daishonin foi difundido para diversas culturas e países através das atividades da Soka Gakkai, estando hoje presente em 192 países e territórios, perfazendo cerca de 12 milhões de associados praticantes em todo o mundo (2009).Dos 192 países somente em 70 países a Soka Gakkai é reconhecida oficialmente, seja por motivos religiosos ou por não haver uma estrutura de organização. Recentemente a SGI-Portugal estruturou-se como organização religiosa, apesar de haver praticantes lá desde a década de 80.
Além de dialogar com líderes mundiais (cerca de 1700 personalidades), Daisaku Ikeda fundou diversas instituições como a Associação de Concertos Min-On, o sistema educacional Soka, o Museu de Arte Fuji de Tóquio, o Centro de Pesquisas Ecológicas da Amazônia (Cepeam), entre outros, empreendimentos estes reconhecidos em todo o mundo.

 

Soka Gakkai no Brasil

No Brasil é representada pela Associação Brasil Soka Gakkai Internacional, geralmente chamada de BSGI ou "a organização", como seus membros a chamam internamente é uma organização de praticantes do Budismo de Nitiren Daishonin.Em Portugal ela é chamada como SGI-Portugal (SGI-POR).
A BSGI tem uma base de estrutura descentralizada. A menor fração da organização é o bloco, um conjunto de dois ou mais blocos geram uma comunidade, um conjunto de comunidades, um distrito, um conjunto de distritos, uma regional ou área, um conjunto de regionais ou áreas, uma região metropolitana ou RM, um conjunto de RM, uma subcoordenadoria. Subcoordenadorias formam uma coordenadoria. Atualmente a BSGI tem quatro coordenadorias a saber:
  • CCSP (Coordenadoria da Cidade de São Paulo) - abrange a cidade de São Paulo
  • CMSP (Coordenadoria dos Municípios de São Paulo) - abrange as cidades da grande São Paulo
  • CRJ (Coordenadoria do Rio de Janeiro) - abrange os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo
  • CRE (Coordenadoria das Regiões Estaduais) - cobre o oeste do Estado de São Paulo e os demais estados do Brasil
Existem ainda coordenadorias que não fazem parte desta estrutura, administrando outras situações específicas, como a Coordenadoria Educacional que atua nas atividades ligadas a educação e a Coordenadoria de Relacionamento Internacional que administra os grupos de brasileiros que praticam em outros países, notadamente Japão, e que devido principalmente a língua tem dificuldade para se integrar com a SGI local.
Em setembro de 2008, durante a reunião do Conselho Central da BSGI, criou-se o Conselho Orientador da BSGI, sendo indicados por unanimidade, como presidente e vice-presidente deste conselho, os Srs. Eduardo Taguchi e Rubens Kamata e foram nomeados como novos presidente e vice-presidente da BSGI os Srs. Júlio Kosaka e Naoto Yoshikawa.
Divisões
Os membros da BSGI estão divididos conforme o sexo, faixa etária e período escolar. O objetivo destas divisões é criar grupos onde existe um melhor entendimento das situações vividas. Também não são regras rígidas, havendo várias exceções de acordo com circunstâncias particulares. Um claro exemplo destas exceções é a Divisão dos Estudantes. Entre 14 e 17 anos, os jovens fazem parte tanto da Divisão dos Estudantes como das Divisões Masculina de Jovens e Feminina de Jovens. Nas atividades específicas de cada uma destas divisões, diferentes aspectos da vida são estudados e discutidos. As divisões que existem hoje na BSGI são:
  • DS (Divisão Sênior) - Homens com mais de 35 anos.
  • DF (Divisão Feminina) - Mulheres casadas, com filhos ou com mais de 35 anos.
  • DMJ (Divisão Masculina de Jovens) - Rapazes entre 14 e 35 anos.
  • DFJ (Divisão Feminina de Jovens) - Moças solteiras e sem filhos, entre 14 e 35 anos.
  • DE (Divisão dos Estudantes) - Jovens entre 6 e 17 anos.
Atualmente a missão de cada divisão é promover um aspecto da prática budista. A Divisão Sênior(DS)ficou responsável por promover o kofu, como é conhecido o sistema de arrecadação de contribuições utilizado pela BSGI. A Divisão Feminina(DF)ficou responsável pela divulgação do Brasil Seikyo, principal periódico da organização e a Divisão dos Jovens(DJ) pelas atividades de propagação e proselitismo, o chakubuku.
 
 Kofu
O sistema de contribuição para o Kossen-Rufu ou simplesmente Kofu como é comumente chamado na BSGI é o tipo de sistema de arrecadação de contribuições utilizado pela BSGI. Tem origem quando os membros da Soka Gakkai solicitaram ao 2º Presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda, uma forma de contribuir também com o Kossen-Rufu através de doações em dinheiro.No princípio Toda foi contra esta idéia pois achava que ele deveria custear as atividades da organização,mas devido ao crescimento estrondoso da organização isto ficou economicamente inviável.Este sistema funciona com base em um valor mínimo chamado cota.Trimestralmente os membros da BSGI podem doar, voluntariamente, o valor que desejarem. Não existe a obrigatoriedade de uma contribuiçõa mensal. Esses valores são depositados em contas da organização previamente informados e os comprovantes dos depósitos são entregues pelos membros, em dia específico aos distritos ou comunidades, onde serão confeccionados certificados de agradecimento e participação aos membros.Os valores arrecadados são convertidos em manutenção de Sedes e Centros Culturais e para custear as atividades da organização.
Centros Culturais e Sedes Regionais
Apesar da maioria das reuniões da BSGI serem realizadas nas casas dos membros em comunidades espalhadas por todo o Brasil, existem locais onde pode-se realizar reuniões com grupos maiores que são as Sedes Regionais e os Centros Culturais. As Sedes Regionais são locais onde os membros da BSGI de uma determinada região se reúnem para realizar reuniões de palestra, reuniões por divisão, recitação de Daimoku (Daimoku-tosso), atividades comemorativas ou alusivas (Gongyokai) ou ainda apresentações artísticas. Existem também sedes regionais na maioria dos estados brasileiros, que podem ser imóveis próprios ou alugados. Os Centros Culturais são locais mais amplos, que podem abrigar de 150 a 500 pessoas, onde os membros da BSGI realizam grandes encontros a nível regional ou nacional.
Os principais são:
  • Centro Cultural Doutor Daisaku Ikeda, o "Novo Centro Cultural da BSGI", inaugurado pelo Sr. Hiromassa Ikeda, vice-presidente da SGI, em São Paulo. É o principal prédio da BSGI, erguido onde antes existia o Centro Cultural da BSGI. Está localizado próximo ao metrô Vergueiro, na Rua Tamandaré em São Paulo.
  • Auditório da Paz, em São Paulo, inaugurado em 1984, antes denominado Auditório Presidente Ikeda, hoje faz parte do complexo Centro Cultural Doutor Daisaku Ikeda.
  • Sede Central da BSGI, em São Paulo, onde fica concentrada a parte administrativa da BSGI e a redação do Brasil Seikyo, periódico semanal da BSGI. Localizado na mesma rua do Centro Cultural Doutor Daisaku Ikeda.
  • Sede Social da Divisão Feminina, localizada na rua do Centro Cultural Doutor Daisaku Ikeda e da Sede Central da BSGI.Este local foi a primeira Sede da BSGI
  • Sede Social Josho, o antigo templo Itioji, onde realizam-se casamentos e reuniões.
  • Centro Cultural Campestre da BSGI, em Itapevi, São Paulo. Realizam-se Cursos de Aprimoramento (Capri) e Reuniões Nacionais de Dirigentes.
Além destes existem os Centros Culturais do Rio de Janeiro, Norte do Paraná, em Londrina, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Mogi das Cruzes, Angra dos Reis, Brasília, Pará e São José dos Campos e os Centros Culturais Regionais da CCSP Norte e Sul, localizados nos bairros de Santana e Jabaquara.
O Centro Educacional Soka e a Escola Soka do Brasil são escolas particulares que utilizam a metodologia de ensino brasileira aliado ao método de ensino desenvolvido para ensino e alfabetização pelo primeiro presidente da Soka Gakkai, Professor Tsunessaburo Makiguti, chamado "Educação Para uma Vida Criativa", utilizado também na Universidade Soka do Japão, na SUA (Soka University of America) e em outras unidades escolares Soka espalhadas pelo mundo.
Reunião de Palestra
A Reunião de Palestra é a principal reunião realizada uma vez por mês na BSGI. Ela tem como objetivo reunir os membros para estudar o budismo, trocar experiências e apresentar a filosofia budista a novas pessoas. Ela teve origem no Japão, quando Jossei Toda reunia pessoas para apresentá-las à filosofia do Budismo de Nitiren Daishonin. Apesar do nome "Reunião de Palestras", de fato, é a reunião com base nos diálogos. Esta idéia é refletida no termo original de idioma japonês "Zadankai". Ela pode ser realizada a qualquer nível de a Bloco a Subcoordenadoria ou até nacionalmente.
Como é uma Reunião de Palestra?
Basicamente inicia-se a reunião com um ou dois apresentadores (Shikai),seguido da recitação do Gongyo e Daimoku (geralmente utiliza-se um local onde há um Butsudan(oratório)com um Gohonzon consagrado), em seguida inicia-se a apresentação de convidados, estudo da matéria da Reunião(publicada mensalmente no Brasil Seikyo), apresentações culturais, incentivos de dirigentes convidados, relatos de experiência ou de comprovação e canto de algumas canções da BSGI. dura em média uma hora e meia, podendo ser realizada em casas particulares ou sedes da BSGI, dependendo do caso.