terça-feira, 28 de junho de 2016

O EXTRAORDINÁRIO PODER DO GOHONZON

Brasil Seikyo, Edição 2327, 11/06/2016 / Budismo Fácil

Quem revelou o Gohonzon?

Foi Nichiren Daishonin no século 13, no Japão. O Gohonzon tem o formato de pergaminho e nele está escrito “Nam-myoho-renge-kyo Nichiren” em sua parte central. Em todo o mundo, os associados da SGI possuem o Gohonzon consagrado em seu oratório.

O significado do Gohonzon

“A palavra japonesa honzon significa ‘objeto de devoção ou respeito fundamental’, ou seja, o objeto que respeitamos e para o qual nos devotamos tendo-o como a base fundamental da vida. Por isso, naturalmente, aquilo que estabelecemos como objeto de devoção tem impacto decisivo na direção da nossa vida” (BS, ed. 2.231, 14 jun. 2014, p. B1).
Em qualquer religião, o objeto de devoção é de fundamental importância. Sendo assim, qual é o verdadeiro significado do objeto de devoção chamado Gohonzon, no Budismo de Nichiren Daishonin?
Em O Aspecto Real do Gohonzon, Daishonin diz: “Jamais busque este Gohonzon fora de si mesmo. O Gohonzon existe apenas dentro do corpo de pessoas como nós, mortais comuns, que abraçam o Sutra do Lótus e recitam o Nam-myoho-renge-kyo” (WND, v. I, p. 832).
“Tudo depende da nossa fé. Quando possuímos forte fé, nossa vida se torna uma ‘concentração de benefícios’, exatamente como Daishonin descreve o Gohonzon. Ele afirma: ‘Este Gohonzon também se encontra unicamente nos dois ideogramas com as quais se escreve fé.’
Uma pessoa com forte fé jamais se vê num beco sem saída” (Ibidem).

Poder do Gohonzon

No capítulo “Luta Conjunta” da Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda relembra o episódio da Sra. Toshiko Yamamura, que participara de uma reunião com a presença de Shin’ichi Yamamoto [pseudônimo do presidente Ikeda], e ela o indaga:
“Desculpe-me pela pergunta, mas para mim o Gohonzon parece ser apenas um pe­daço de papel. Por que meras palavras es­critas numa folha de papel teriam tal poder?
Shin’ichi respondeu sinceramente:
O papel pode ter um poder extraordiná­rio, não concorda? Jogaria fora um cheque de 50 mil ou de 100 mil ienes por se tratar ‘ape­nas de papel’? Se recebesse um telegrama dizendo ‘Sua mãe se encontra em estado crítico’, o impacto não seria profundo, apesar de serem apenas palavras escritas no papel? Um mapa é apenas papel. Mas, se con­fiarmos nele e o utilizarmos chegaremos ao destino pretendido. O Gohonzon é o objeto de devoção para ativarmos um grandioso estado de vida de modo que possamos nos tornar genuinamente felizes” (BS, ed. 2.276, 23 maio 2015, p. D1).

Qual a forma de recitar daimoku diante do Gohonzon?

“Mantenha um profundo respeito no coração, seja sincera com o Gohonzon. Ore com toda a seriedade e sinceridade por tudo o que você deseja, para vencer as dificuldades e realizar seus objetivos. O Gohonzon irá ouvi-la com profunda benevolência. Nos momentos de tristeza, de amargura ou sofrimento, abrace firmemente o Gohonzon com sua oração como uma criança busca a proteção de sua mãe.
Recite daimoku como se dialogasse com ele e transmita tudo que se passa com você. Quando perceber seu próprio erro, reflita sinceramente e se corrija. Decida não repetir o mesmo erro e assinale uma nova partida em sua vida. Nesse momento, determine que vencerá a todo custo e ore com a força do rugido do leão que move todo o universo a seu favor. E quando vencer, ore novamente daimoku com profundo sentimento de gratidão ao Gohonzon. Por isso, não há nada a temer. Desfrute plenamente cada momento com satisfação e tranquilidade.
O daimoku transforma a amargura em alegria, e a alegria num grande júbilo. Portanto, nos momentos de alegria ou de tristeza, nas horas boas ou más, haja o que houver, aconteça o que acontecer, recite sempre daimoku. Esse é o caminho direto para a felicidade” (BS, ed. 1.648, 20 abr. 2002, p. A7).

A IMPORTÂNCIA DO GOHONZON EM MINHA VIDA

OUTUBRO DE 2001 - EDIÇÃO Nº 398

"O Gohonzon é o objeto de devoção do Budismo de Nitiren Daishonin e é perfeitamente dotado de benefícios."

Sueli: "Costumo dizer que o Gohonzon é como o espelho da nossa vida."
Marttuci: "Quando abraçamos esse maravilhoso objeto de devoção com a nossa vida, então nossa vida também se torna ouro."Terceira Civilização - Nas edições de agosto e setembro, dialogamos a respeito de o quanto o budismo corresponde às aspirações das pessoas e o quanto é essencial para que elas se fortaleçam e criem condições para enfrentar a dura realidade da vida. Dando prosseguimento, acreditamos ser oportuno dialogar a respeito da importância de consagrar o Gohonzon, objeto de devoção do Budismo de Nitiren Daishonin, em nosso lar.

Sueli Soyano Ogawa - Acredito que seja interessante falarmos a respeito do Gohonzon tendo em vista a grande campanha de Chakubuku que estamos realizando este ano. Espero que possamos esclarecer aos leitores o quanto o Gohonzon é indispensável em nossa vida. Cláudio Roman
Marttuci - É verdade. Algumas pessoas que já estão participando regularmente das atividades, realizando a prática da recitação do Gongyo e do Daimoku, que são simpatizantes de "carteirinha", ainda possuem uma certa resistência quanto a receber o Gohonzon. Conversemos a respeito disso.

Reginaldo Tateigi - Talvez isso se deva ao apego à religião que essas pessoas praticaram anteriormente ou ainda às crenças nas quais vieram sendo criadas. Espero que o nosso diálogo contribua para sanar as principais dúvidas em relação ao nosso objeto de devoção daqueles que estão iniciando a prática budista para que em breve possam recebê-lo sem qualquer receio.

Sueli - Costumo dizer que o Gohonzon é como o espelho da nossa vida. Principalmente as mulheres, que são mais vaidosas, sabem a importância de um espelho. Existem aquelas que sabem passar o batom sem o espelho, mas todas precisam dele para terem certeza de que tudo está certo. O espelho é o meio pelo qual podemos ver nossos defeitos e procurar corrigi-los. Dessa forma, com o Gohonzon podemos evidenciar o que há de mais belo em nossa vida e realizar nossa revolução humana.
Marttuci - Para nós, brasileiros, que crescemos recebendo um direcionamento cristão por meio da educação, da sociedade, da cultura e até da mídia, o nosso objeto de devoção, o Gohonzon, é algo que enfrenta uma certa resistência quanto à sua aceitação porque é diferente de tudo o que já se viu até então.
Quando falamos que existe uma lei que permeia o universo e que ela possui o poder e a força que normalmente são atribuídos a Deus, as pessoas ainda aceitam e pensam: "Puxa, existe uma lei universal."

Mas desse ponto até conseguirem substituir aquela imagem ou símbolo tão gravado em sua vida por um pergaminho, realmente é um passo grande, que muitos têm medo de dar.
E existe um paradoxo nisso, porque as pessoas acreditam na existência da lei, que não tem cor, nem forma e nem é paupável, mas não conseguem conceber o Gohonzon, que foi deixado pelo Buda Original Nitiren Daishonin na forma de um mandala. Ora, tudo o queexiste no universo tem um aspecto. Como identificamos, por exemplo, uma bicicleta?
Pelo seu aspecto: duas rodas, guidão, assento, correia etc. Essa lei que permeia o universo também possui um aspecto. Nitiren Daishonin revelou o aspecto dessa lei no Gohonzon. Por isso, quando visualizamos o Gohonzon, podemos sentir perfeitamente que essa lei existe e está em nossa vida. Ele definitivamente não é uma invenção de Nitiren Daishonin.

O Gohonzon é descrito como "perfeitamente dotado de total concentração de benefícios". Então, quando uma pessoa consegue aceitar o Gohonzon e compreender que ele incorpora a Lei Mística do universo, não tem como deixar de obter resultados positivos em sua vida. Levei quase trinta anos para ter total convicção disso (risos).

Tateigi - Ouvi de um veterano uma explicação muito interessante a respeito do Gohonzon. Ele dizia que todas as religiões possuem um objeto de adoração ou devoção, que podem variar de imagens ou símbolos até animais ou pessoas. Nas várias ramificações do budismo, há aquelas que adoram a imagem do Buda Sakyamuni ou ainda de vários outros budas ou representações de deuses celestiais.
Observamos que esses objetos de devoção possuem um determinado aspecto, uma condição de vida representada. No Budismo de Nitiren Daishonin, nós não adoramos nenhuma representação desse tipo. Nosso objeto de devoção é o Gohonzon que, como já foi dito, é um mandala perfeitamente dotado.

Por quê? Porque o Gohonzon contém todos os estados de vida representados em cada um daqueles caracteres inscritos nele. Todas as condições que a vida pode manifestar estão ali representadas. Quando vemos uma imagem de um santo ou de um buda, conseguimosvisualizar apenas a condição de vida expressa por ela naquela forma e naquele momento representado. No Gohonzon estão contidos todos os estados de vida possíveis e em seu centro está inscrito "Nam-myoho-rengue- kyo Nitiren", a Lei Mística e o Buda. Ele está assim composto para que todas as funções de nossa vida também fiquem centradas na Lei universal. Então, não importa a condição ou estado de vida que estejamos manifestando, por nos devotarmos à prática da fé, recitando Daimoku ao Gohonzon, poderemos redirecionar nossa vida à Lei do universo.

Por isso é que podemos dizer que o Gohonzon é perfeito e nos permite elevar nosso estado de vida, ou seja, realizar a revolução humana. Sueli - É por essa razão que, mesmo quando estamos desanimados, ou ainda, quando estamos sofrendo devido a algum problema, ao nos sentarmos diante do Gohonzon para recitarmos o Daimoku, gradativamente sentimo-nos revigorados, com uma outra disposição. É como uma nuvem espessa que vai se dissipando, dando lugar a um magnífico céu azulado.

Marttuci - Todo mundo sabe da existência da lei da gravidade. Quando soltamos algum objeto no ar, ele cai porque a intensidade da força gravitacional da Terra é mais forte e ela "puxa" o objeto para baixo. Podemos dizer que quando nos sentamos diante do Gohonzon, ocorre algo parecido. Mesmo que nos postemos diante do Gohonzon com o nosso estado de vida lá embaixo, como o dos quatro maus caminhos (Inferno, Fome, Animalidade e Ira), se professarmos o Nam-myoho-rengue- kyo com fé e sinceridade, o Gohonzon funcionará como essa lei da gravidade, "puxando" o nosso nível de vida novamente para cima, elevando ao mesmo nível potencial que possui, que é a incorporação da própria vida iluminada do Buda Nitiren Daishonin e a representação da grandiosa Lei do universo.

Tateigi - O interessante na prática budista é que não negamos em nenhum momento a existência dos estados de vida inferiores, pois eles estão intrínsecos à nossa condição como seres humanos. Seria irracional para o ser humano negar que possui esses estados que também estão claramente representados no Gohonzon.
Mas o Budismo de Nitiren Daishonin ensina que mesmo nessas condições inferiores também existe o estado de Buda. E quando oramos ao Gohonzon, centrando nossa vida, mesmo que esteja nos estados inferiores, na Lei Mística, então conseguimos elevar esse estado de vida. Digamos, por exemplo, que eu esteja num estado de Inferno, de total desesperança.
Ao centrar a minha vida na grandiosa Lei do universo, mesmo essa condição de Inferno assume um aspecto positivo como um potencial para uma grande transformação.

E isso é muito importante porque nos dá uma visão mais ampla e maior maturidade em relação à vida. Passamos a entenderque não é evitando ou negando o sofrimento que conseguiremos nos sentir bem ou felizes. É enfrentando tudo o que tivermos para enfrentar que nos fortalecemos como pessoas. Cada problema ou dificuldade que surge em nossa vida possui um significado e superando cada um deles é que realizamos nossa revolução humana.

Com o Gohonzon consagrado em nosso lar podemos recitar o Nam-myoho-rengue- kyo diante dele e no momento que desejarmos podemos sintonizar nossa vida à Lei do universo, e nesse fato reside a certeza de que temos todas as condições de alcançar a vitória no final. Sendo assim, entendemos que qualquer dificuldade, por pior que seja, tem uma razão para ocorrer em nossa vida, mas que, ao mesmo tempo, temos toda a condição para superá-la e assegurarmos a felicidade. Todos os fatos da vida ganham significado e valor. Todas as experiências passam a ser importantes. Cada obstáculo, cada desafio, é um passo adiante.

Sueli - Durante as vinte e quatro horas de um dia, vivemos variadas situações e momentos, e o nosso estado de vida oscila conforme os fatores externos a nossa volta. É muito difícil estar vinte e quatro horas com pique total. Por exemplo, de manhã, quando acordamos, acredito que a maioria se encontre no estado de Tranqüilidade, se bem que existem aqueles que acordam com um profundo mau humor ou péssima disposição.
No Gongyo da manhã, geralmente estamos sempre mais animados e dispostos. Agora, à noite, depois de um dia corrido, cheio de trabalho e de afazeres, algumas vezes resta "só o pó" da gente. Então, aquele Gongyo que deveria ser de profunda gratidão pelo dia sem acidentes que tivemos, às vezes acaba em lamentação. Mas é nesse desafio diário e constante de sentarmo-nos diante do Gohonzon, independentemente de como estejamos ou o que nos tenha acontecido no decorrer do dia, é que está a causa da vitória e dodesenvolvimento pessoal.

Quando conseguimos nos concentrar na recitação do Gongyo ou do Daimoku , desafiando a nós próprios, podemos sentir uma grande força nos revigorando por dentro. É como foi dito, mesmo em uma situação adversa conseguimos enxergar algo positivo e sentimos brotar em nós uma grande esperança. Na nossa prática budista, reconhecemos nossa condição de mortais comuns possuidores de muitos defeitos, mas aprendemos que por meio do Daimoku ao Gohonzon, conseguimos transformar tudo em um fator positivo que se soma à nossa vida e que desenvolve um eu cada vez mais forte e destemido.

Marttuci - Existe uma passagem do Gosho que diz: "Confie no Gohonzon, o maior objeto de devoção do mundo." Na época que comecei a praticar o budismo, essa foi uma das primeiras frases que ouvi. A mesma frase era dita em outras palavras naqueles dias.
Ela me foi passada da seguinte maneira: "Confie no Gohonzon porque ele não é superado por nada neste mundo." Essa frase me marcou muito porque eu pensava: "Bom, se o Gohonzon não é superado por nada neste mundo, então é com ele que eu quero ficar."
E é interessante porque, com a prática e com o nosso empenho, nós realmente intensificamos nossa convicção em relação a esse dito dourado.

Tanto que, com o tempo, nenhum problema consegue nos abater. Nós nos fortalecemos interiormente. "Eu tenho o Gohonzon e recito o Nam-myoho-rengue- kyo. Então sei que posso solucionar esse problema. Eu sei que posso vencer" - esta se torna a nossa convicção e passamos a desafiar qualquersituação desfavorável ou adversa.
Costumo me valer muito da seguinte frase do Gosho: "Não despreze o ouro mesmo que o recipiente esteja sujo." O recipiente somos nós. Podemos "estar sujos", com dúvidas, com problemas, ou então, algumas vezes, podemos nos sentir o mais desprezível dos seres, mas o Gohonzon é ouro, e o resultado da recitação do Daimoku também é. Quando abraçamos esse maravilhoso objeto de devoção com a nossa vida, então nossa vida também se torna ouro.

Tateigi - O Buda Original Nitiren Daishonin nos concedeu um objeto de devoção e uma oração. A nossa prática budista é, ao mesmo tempo, muito profunda e extremamente simples. Independentemente de as pessoas compreenderem ou não o que está escrito no Gohonzon ou o que significa literalmente o Nam-myoho-rengue- kyo, o simples fato de sentar-se diante do Gohonzon com uma postura correta e respeitosa, unindo as palmas das mãos e recitando o Daimoku, isso já é uma causa para acúmulo de benefícios em sua vida.
É como uma criança recém-nascida que mesmo não sabendo de todos os benefícios do leite materno, ao sugá-lo cresce forte e sadia, recebendo todos os nutrientes de que seu organismo necessita.

Digo que a nossa prática é profunda porque ela nos permite transformar nossa vida no nível mais fundamental e isso na verdade envolve uma relação complexa de diversos fatores e princípios. Conseguimos compreender isso com o decorrer daprática e também por meio do empenho no estudo do budismo.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

BENEFÍCIOS DA PRATICA BUDISTA

TEXTO RETIRADO DA EXTRANET/BUDISMO PARA INICIANTES

A revolução interna gera a transformação externa

Todos procuram a prática budista com um interesse em comum: benefícios!
Muitos questionam: “O que terei de concreto quando iniciar a prática da fé
budista?”
Primeiro é preciso entender o significado de benefício na filosofia budista, pois
essa é uma noção revolucionária e interessante.
 

O que é?


Benefício é a capacidade individual de produzir valor independentemente da realidade que se vive, ou seja, de realizar a própria revolução humana em meio à realidade. O benefício da prática budista é viver plena e satisfatoriamente sob quaisquer circunstâncias.

Simplificando


É natural o ser humano esforçar-se para ter uma vida melhor (pessoal, profissional, familiar, financeira). Perder ou ignorar esse ímpeto é o mesmo que estar morto. Mas nossa ideia de benefício não se limita ao lucro visível aos olhos. Se o budismo rejeitasse completamente esse “lucro” não passaria de mera doutrina abstrata, separada da vida real. Consequentemente se tornaria uma religião enfraquecida, incapaz de oferecer um caminho seguro para as pessoas melhorarem concretamente a vida. 

Purificação e transformação


Nesse contexto, de que maneira o budismo se posiciona entre a questão do lucro, que é algo individual de cada pessoa, e a questão de ser abrangente no sentido de capacitar qualquer pessoa a conquistar os seus desejos. A resposta é claramente revelada no Budismo Nitiren.
O verdadeiro benefício para o budismo é a purificação e a mudança no âmago da vida.

A meta é gerar valor


A questão não é se por meio do Daimoku se consegue conquistar algo material ou não. Mas se essa pessoa consegue ou não produzir grande valor interno (como coragem, alegria, satisfação etc) enquanto busca esse objetivo. Se essa busca gera valor, isso é benefício. Se gera sofrimento, é negativo. Na série “Sabedoria do Sutra de Lótus”, consta: “Alguns interpretam ‘benefício’ de forma errada, considerando-o como uma indicação da preocupação com os bens materiais e, com base nisso, menosprezam o budismo, tratando-o como uma religião inferior. Mas a doutrina budista do benefício é um ensino que tem a ver essencialmente com a purificação e a transformação da própria vida.” (Brasil Seikyo, edição no 1.525, 25 de setembro de 1999, pág. 4.)

E meus desejos mundanos?


Cada indivíduo possui uma lista de “desejos mundanos” a ser realizada que ultrapassaria uma folha (alguns encheriam até um caderno). Por meio da prática budista esses desejos se tornarão realidade? Se a prática dessa pessoa conseguir eliminar o sofrimento de não ter tais coisas e ainda assim gerar uma imensa satisfação pelo simples fato de estar vivo e lutando por essas questões, então, será a causa de conquistas em todos os níveis.

Energia vital é o essencial


Se o objeto do desejo gerar insatisfação, ansiedade ou sofrimento, o encanto se quebra e a revolução humana não acontece. Todos os aspectos externos mudam naturalmente quando se gera energia vital internamente. Isso é explicado pelo princípio do esho funi (unicidade do ser vivo e seu ambiente.)
Essa ideia está expressa na frase do presidente Ikeda: ”A questão principal é: uma ação positiva possui um benefício inerente. O benefício não é absolutamente algo que vem de fora. Ele surge de dentro de nossa própria vida; manifesta-se por nossas ações. O benefício jorra como água de uma fonte. É isso o que significa benefício.” (Ibidem.)

E como se faz isso?


Mas aí pode surgir um impasse: como tornar o “eu” uma fortaleza capaz de não se abalar diante dos problemas a tal ponto que a própria circunstância (não importa qual) seja motivo de felicidade? Simples: recitando o Nam-myoho-rengue-kyo e realizando o Chakubuku: as duas práticas básicas dos membros da Soka Gakkai. Realizar essas ações (orar e propagar) com a “mesma mente que Nitiren” significa agir em exato acordo com o Buda e, então, conseguir os mesmos efeitos de um buda.

Dedicação ao Kossen-rufu


Uma vez mais, o presidente Ikeda atesta essa ideia: “Nesse sentido, ser capaz de recitar Daimoku, propagar o ensino de Daishonin e trabalhar pelo Kossen-rufu — isso em si é o maior dos benefícios. O Gosho diz: ‘Não há felicidade maior para os seres humanos que recitar o Nam-myoho-rengue-kyo.’ (END, vol. 3, pág. 199.) Isso indica claramente que uma vida dedicada ao Kossen-rufu é a mais nobre. (Ibidem.)

A maior das felicidades


Se a prática do budismo gera essa “felicidade maior”, todas as outras questões ficam enquadradas nesse poder gigantesco da Lei Mística. Aí, transforma-se a preocupação com as questões cotidianas na convicação e satisfação de que todas as questões diárias originam-se e estão conectadas ao interior do ser humano.

Sujeito e objeto


Outra frase do presidente Ikeda elucida: “A vida de todas as pessoas é, de certa forma, uma sucessão de exemplos de benefício e punição, valor e antivalor, ou de lucro e perda. Nos negócios, as vendas significam lucro ou ganho. Mas se os bens forem vendidos a um preço muito baixo, o negócio acaba em prejuízo. Quando um pintor concretiza seu desejo subjetivo de pintar uma maravilhosa obra-prima (ou seja, de criar o valor do belo), ocorre uma fusão do sujeito com o objeto, dando à pessoa um sentimento de felicidade. E quando a pintura é comprada, o lucro é concretizado.” (Ibidem.)

A chave está no Gohonzon


O objetivo do Budismo Nitiren é capacitar a pessoa a desenvolver um mundo interior rico e abundante de força vital. Seja vivendo uma situação agradável, seja sob as mais terríveis tempestades, nada abalará um ser humano assim e quanto mais a pessoa vive, mais gera valor e felicidade. A chave está na maneira com que ela ora ao Gohonzon, que é a fonte de toda essa energia. O maior benefício de um ser vivente é descobrir e saber utilizar o poder de gerar valor e felicidade a qualquer momento.

Força interna para a vitória


Citando um exemplo clássico: uma determinada pessoa deseja uma casa nova para morar com a família. Se esse desejo é a causa de uma profunda e espontânea transformação interior por meio da prática, então, o benefício apareceu. O importante é essa pessoa conseguir a força interna para conquistar o que deseja.

Desejar não é errado


Não é errado desejar. Lamentável é querer algo achando que esse algo é a causa do sofrimento ou da felicidade. Ter ou não ter acaba não fazendo diferença para a felicidade no nível fundamental. Então, o melhor é assumir o que se deseja e praticar despretensiosamente o budismo visando a criar um forte eu. Aí, naturalmente os caminhos para a conquista efetiva estarão abertos.

O comportamento otimista


O presidente Toda definia o Gohonzon como uma grande fonte de benefícios. E ele dizia que os benefícios surgem de acordo com a intensidade da fé no momento de praticar diante do Gohonzon. A chave da obtenção dos benefícios está no comportamento do praticante diante da vida. Essa atitude faz toda a diferença: “O otimismo budista não é um ‘escapismo otimista’ de pessoas que cruzam os braços e dizem: “De alguma maneira tudo se resolverá”. Ao contrário, significa reconhecer claramente a maldade como maldade e o sofrimento como sofrimento, e lutar resolutamente para superá-los. Significa acreditar na própria habilidade e força para lutar contra qualquer maldade e qualquer obstáculo. É uma ‘luta otimista’.”

Qual a sensação?


O relato a seguir demonstra como é amplo a condição de vida de quem pratica corretamente a Lei: “O segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda, disse certa vez aos jovens: ‘Neste momento, meu estado interior de vida é tal como se eu estivesse estendido no alto do céu, com os braços abertos, sobre uma infinita extensão de brancas e macias nuvens. Tudo de que preciso vem até mim naturalmente. Vem a mim sem que eu busque. Onde consegui esse benefício? Na prisão, onde tive de passar dois anos. Mas a época agora é diferente, e vocês não precisam ir para a prisão para conseguirem um estado assim. A única coisa de que necessitam é dedicar a juventude e a vida à nobre missão do Kossen-rufu e incansavelmente em prol desse objetivo.” (Ibidem, edição no 1719, 11 de outubro de 2003, pág. A3.)

Conclusão


A dedicação corajosa à prática budista é, de fato, a fonte de benefícios além da própria imaginação. Como diz o Mestre: “O poder supremo do Nam-myoho-rengue-kyo nos capacita a transformar qualquer impulso ilusório, carma negativo e sofrimento em estado de Buda, sabedoria e benefício. Não há carma negativo que não possamos mudar. Essa é uma extraordinária fonte de esperança. Assim, não há razão para lamentarmos nem nos desesperarmos.” (Ibidem, edição no 2031, 17 de abril de 2010, pág. A3.)

quarta-feira, 23 de março de 2016

ÁGUA MOLHA, FOGO QUEIMA E DAIMOKU MELHORA!

Tomei a liberdade de divulgar novamente esse texto do Claudio Roman pois é muito bom para nós budistas!

19 DE AGOSTO DE 2000 — EDIÇÃO Nº 1568

Nas andanças pela organização, encontramos pessoas que estão sempre em busca da fórmula mágica para receber benefícios mais rapidamente. E rolam perguntas do tipo: “Como é que eu devo pedir?”, “Estou pedindo assim, tá certo?”. Além de sermos questionados sobre os poderes miraculosos do “Gongyo da hora do boi e do tigre”, “Daimoku de Kamakura”, “Daimoku das sete noites” etc.

E isso sem contar a turminha que aparece com: “orações silenciosas que resolvem com mais eficácia” que as oficiais. Tem de tudo! A variedade das orações silenciosas a serem feitas no momento dos pedidos é tão rica e algumas são tão detalhadas que demoramos mais em sua leitura do que na leitura completa do sutra. São obras-primas surgidas ninguém sabe de onde, mas que evocam tudo quanto é deus budista, bodhisattva, tudo em nome de uma facilidade inexistente nos textos e ensinos budistas.

Tem gente que faz dois Gongyo pela manhã e três à noite. Tem gente que dispensa o Gongyo na maior caradura, dizendo: “Após várias pesquisas, concluí que fazendo somente Daimoku já tá bom demais”, ou “De manhã faço só o Hoben e Jigague e à noite faço o Juryo”. Isso sem contar com o Daimoku Sansho completo (mas que raios vem a ser esse Daimoku Sansho completo?).

Bom, tem de tudo. Mas o que eu aprendi estudando o budismo é que não existe fórmula mágica, nem oração silenciosa especial, nem Daimoku diferente. Devemos praticar da forma como foi estabelecida pelo Buda Original Nitiren Daishonin, e como nosso mestre e todos os membros da SGI o fazem. Nada de mistério. Vamos no trivial, as cinco orações do Gongyo de manhã, as três orações à noite e a recitação da maior quantidade de Daimoku possível.

O que vale mais, a quantidade ou a qualidade? Aprendi a desafiar com vontade ou sem vontade. Em resumo, água molha, fogo queima e Daimoku resolve. O resto é resto. Em uma de suas orientações, o presidente Ikeda disse: “Faz parte da natureza humana pensar em si próprio. O importante é orarmos diante do Gohonzon da forma como somos. Se nos apresentarmos com um ar arrogante, mostramos um falso eu. O Gohonzon não responde a mentiras.” (Brasil Seikyo, edição nº 1.560, 17 de junho de 2000, pág. 4.)

Outras perguntas campeãs: “É válido fazer Daimoku no ônibus?”, ou “É válido fazer Daimoku no serviço?”. Vejam que interessante. O mestre diz: “O importante é orarmos diante do Gohonzon.” Nunca foi dito que não é válido fazer Daimoku no ônibus, mas também nunca li que devemos orar olhando firmemente para a nuca do motorista, olhando fixamente para a tela do computador etc. O importante é desafiar diariamente a recitação diante do Gohonzon. O Daimoku realizado além disso já fica no lucro. O que estou tentando dizer é que faça Daimoku onde quiser, mas não acostume a fazer só o Daimoku Sansho diante do Gohonzon e o resto do jeito que der. Acorde mais cedo, durma mais tarde, mas desafie a orar diante do Gohonzon. Então, com certeza, comprovará as seguintes palavras do Mestre: “Nós praticamos uma fé que nenhuma oração fica sem ser respondida. Em primeiro lugar, precisamos ter convicção nisso. No entanto, haverá ocasiões em que nossas orações serão respondidas e outras em que isso não ocorrerá. Mas, enquanto continuarmos a recitar Daimoku, no final tudo seguirá a melhor direção possível. Isso fica claro quando depois olhamos para trás. (Ibidem.)


Cláudio Roman Marttuci Coordenador da Divisão dos Adultos da BSGI  

quarta-feira, 16 de março de 2016

COMO FAZER DAIMOKU



TEXTO RETIRADO DO BLOG: MEU CANTINHO DO BUDISMO

A oração budista é o MANTRA, no caso do budismo de Nitiren Daishonin é o mantra Nam-Myoho-Rengue-Kyo.
Existem vários tipos de meditação, a silenciosa e a chantting, que é a repetição de mantra.
Por isso quando recitando o mantra, você pode dizer que está orando, meditando ou fazendo Daimoku.

Existem 2 tipos de benefícios que se manifestam com a Prática Budista:

Visíveis - que muitas vezes parecem milagres, mas não são! É apenas a reação do seu Meio Ambiente a sua Mudança de Vibração.
Ex: Uma oferta de emprego, uma quantia em dinheiro que vc precisava desesperadamente, uma oportunidade de estudos, um convite para um show, um presente inesperado, etc.

Invisíveis - são as mudanças internas que ocorrem no indivíduo devido a Prática Budista. É a sua Revolução Humana!
Ex: Após algum tempo de Prática, você percebe que os problemas já não te estressam ou te trás insegurança como antes; a rotina de trabalho que antes te entediava se transforma numa oportunidade de criação valor,etc. A sua mudança interna lhe proporciona POSITIVISMO, LIBERDADE, AUTO-ESTIMA, CORAGEM e acima de tudo SABEDORIA!
A sua energia muda completamente e a sua vibração positiva e construtiva é percebida pelas pessoas ao seu redor!

Local: Sente-se em frente ao seu Gohonzon (pergaminho budista e objeto de devoção) ou em frente a uma parede caso você não tenha o Gohonzon ainda.
É importante ter o Gohonzon pois este estimula a budicidade inerente dentro de nós, é um aspecto místico do budismo, onde o nosso SER entende a mandala (Gohonzon) e manifesta o estado de buda que existe dentro de cada um de nós.

Postura: Sente-se ereto, em uma cadeira ou no chão. O importante é manter uma boa postura para que a energia possa circular. Como trabalhamos com energia, um bom Daimoku esquenta muito o nosso corpo (calor)!
Cuidado com a postura de “pedinte” lembre-se de que nós somos criadores, criamos a nossa própria realidade.
Tenha uma postura guerreira de alguém que está aqui para fazer a diferença na sociedade.
Em muitos textos você verá a palavra - pedidos ou pedir, porém para nós budistas isso significa determinar os objetivos. Nós somos criadores, por isso realizamos os nossos desejos, não temos um deus personificado a quem recorrer.
Somos responsáveis e criamos o nosso próprio destino!
Faça o daimoku com os olhos abertos, olhando para o “coração” do Gohonzon (onde se localiza o Myoho) ou escreva em um cartão o seu desejo e faça o daimoku olhando para ele.
Ex: Um emprego, ter mais energia/disposição, ter mais paciência, uma casa nova, um amor, a solução de um determinado problema, cura de uma doença, melhorar nos estudos, ler mais, fazer um curso de.., etc.
Caso não tenha um objetivo claro, seguem algumas sugestões:
- Eu sou capaz de manifestar o meu Maximo potencial em tudo que faço e nas minhas relações com as outras pessoas.
- Todos estão em paz e felizes na minha família!
- Quero fazer a diferença na vida de alguém hoje!
Lembrando que a realização das nossas metas dependem da elevação do nosso estado de vida, da nossa vibração, e sendo assim da nossa sintonia com o Universo.
A recitação do Mantra faz emergir de dentro de nós a sabedoria para esta reforma interna e principalmente nos faz visualizar os caminhos para a realização das nossas metas. Mas, como disse antes, NÃO existem milagres, e sim muita coragem, sabedoria, determinação e ESFORÇO.
Recite o mantra em voz alta e sinta a vibração das vogais no seu corpo.
Cuidado para não recitar muito alto e incomodar as outras pessoas da casa.

Mãos: devem ficar juntas na altura do pescoço e se preferir, você pode segurar o juzu (“terço” budista) ou não.

Como fazer os pedidos:

1-Precisamos agradecer as coisas pelas quais devemos ter gratidão.
2- Agradecer por aquilo que não nos evoca gratidão de forma nenhuma.
3-Agradecer o futuro.

Orando neste modo nos sentiremos absolutamente fortes, de outro modo, pode acontecer que mesmo recitando uma hora de daimoku, com força, nos sentiremos cansados e acabados no final.
Existem pessoas que de repente, no meio da recitação, sentem vontade de limpar o oratório, ou pior, que se levantam rápido como se tivessem lembrado de alguma coisa importante – começando a arrumar certas coisas, enquanto a boca recita daimoku, e depois voltam a sentar na frente do oratório, como se nada tivesse acontecido.
Isso ocorre por que usam o hemisfério esquerdo do cérebro para recitar.
É indispensável usar o hemisfério direito do cérebro pra recitar o mantra.
Usando o hemisfério direito será fácil recitar muito daimoku.
Vejamos mais sobre isso a frente, no decorrer do texto.

O primeiro grau da gratidão inclui a oração, por isso temos que agradecer.
Não è bom orar deste jeito: “ Por favor Gohonzon, me ajude”. Isso è lamentação do hemisfério esquerdo do cérebro e faz parte do inconsciente coletivo. Em quase todas as religiões se ora assim. Temos que parar de fazer deste jeito, ao contrario, lembrar tudo o que temos a agradecer, tipo esta coisa linda me aconteceu, esta pessoa me apoiou, coisa por coisa, uma depois da outra, não importa quanto pequenas possam parecer, tornaram todas as lembranças positivas e agradeceremos por isso.
Podemos repetir varias vezes o mesmo tipo de agradecimento, nos sentiremos imediatamente melhores, por que estimulamos o hemisfério direito.
O segundo grau da oração da gratidão é aquilo que não nos causa gratidão.
Por exemplo se tiverem uma doença orem com profunda gratidão a esta doença: “ Sou profundamente agradecido pois desta maneira poderei mudar meu Karma definitivamente”. Recitar com esta compreensão ate para os problemas do seu casamento, relacionamento com filhos, com problemas de relacionamento ou desemprego. Por todas as dores e sofrimentos agradecer deste modo. não devemos orar “ Por favor Gohonzon que eu possa curar minha doença, me ajude a ver isso ou aquilo.” Este tipo de oração que suplicamos a graça não ajuda pois nasce da lamentação. A oração durante a recitação do Daimoku, deve nascer da gratidão. Assim se obterá a resposta.
Se tiverem uma vizinha antipática, recitem; “ Obrigada vizinha de coração”, este comportamento faz ultrapassar os limites do inconsciente coletivo que vem sendo passado de geração a geração, dizendo budisticamente, o seu próprio karma da suas gerações.
O psiquiatra suíço Jung também confirmou que este comportamento é determinante.
Na terceira fase devemos agradecer nosso futuro.
Precisamos imaginar o próprio futuro como desejamos .
Não importa se o seu medico disse que a sua doença não tem cura.
Você vai decidir que vai ser curado e seu médico terá sabedoria para ajudá-lo.
Façam um passo a frente e recitem “ a minha doença já foi curada”. Jung disse que ter um fato como já ocorrido é o mais eficaz.
Agradeça o que você “pediu” ao Gohonzon e veja a situação já realizada – Vivencie o seu desejo!
Podemos também fazer o Mantra para outras pessoas, para elas a gente determina Sabedoria, Saúde, Felicidade e Boa Sorte.NUNCA deseje nada além disso!
Imagine as metas sendo realizadas, a sua Alegria e Emoção com a concretização dos seus projetos. Assim você ativará o hemisfério DIREITO do Cérebro que é imprescindível para nos harmonizar com o Universo. Sempre manifeste gratidão e alegria durante a recitação do Daimoku.

Normalmente após 5 dias de recitação (5 min pela manhã e noite) você terá alguns benefícios invisíveis e/ou visíveis e a prova real do Sutra de Lótus na sua vida!

Os benefícios se manifestam de 4 formas na nossa vida: 

1. No primeiro caso, referem-se a momentos onde enfrentamos uma dificuldade muito séria e a nossa oração é atendida imediatamente. Encontramos uma solução para o problema!
2. No segundo caso, as nossas orações fortes e específicas não conduzem necessariamente a um benefício imediato ao em vez disso, vão se acumulando e aparecendo gradualmente na nossa vida!
3. Quanto ao terceiro caso, devido a boa sorte acumulada através da prática constante, a nossa vida é purificada naturalmente, abrindo caminho para a realização de todos os nossos desejos.
4. Por fim, os benefícios latentes acumulados através da firme prática aparecem justamente num momento crucial da nossa vida a fim de nos proteger de algo/alguém!
O importante é continuar recitando com fé que as coisas vão acontecendo no seu devido tempo. Podemos deixar que o Universo se encarregue do "como" e "quando!!!
Tenha uma prática como água corrente, faça o mantra (medite) todos os dias pela manhã e noite.
Comece com 5 min pela manhã e noite e depois vá aumentandoaté chegar a 30min pela manhã e noite.
“Farei que meu Daimoku inunde o universo inteiro, assim como também os trilhões de células do meu corpo.”

Milhões de Daimoku são recitados a todo o momento pelos membros da SGI do mundo. Garantirei que a qualidade do meu conste entre os 50 melhores. Aplico resoluta determinação e toda minha energia positiva, e direciono meu Daimoku para trabalhar diligentemente pelos meus objetivos, sem um momento de descanso.
Não há dúvida de que meu Daimoku pode alcançar ou viajar a qualquer lugar. Portanto, como pode não acertar o alvo que determinei?
Tento recitar Daimoku com uma forte determinação (itinen), como uma afiada e poderosa espada, com a força do rugido de um leão, confiando em fazer estremecer, movimentar e tocar o universo.
Sem ter encontrado um problema verdadeiro e devastador, nunca é fácil para mim recitar Daimoku com o sentimento de extrema urgência de uma situação de vida ou morte. Percebo de que só mediante tal sentimento de extrema urgência posso experimentar o tipo de Daimoku profundo que move o céu e a terra. Mas, nem por toda a minha vida, quero trocar meu bem-estar e saúde por esta experiência, ainda que realmente necessito saber como é orar dessa maneira.
Faz quatro anos, fiquei sabendo por um jornal da televisão que quatro estudantes universitários tinham ficado soterrados numa avalanche. Três deles foram resgatados três horas mais tarde, mas um morreu. Mantendo a tragédia na minha mente, durante minha oração, comecei a visualizar o acidente. Imaginava-me aprisionada dentro da espessa neve. Não estava certa se alguém sabia onde eu estava quando ocorreu a avalanche. Tinha pouco ar e podia congelar-me até morrer em pouco tempo. O que podia fazer para sair dalí antes de que fosse tarde de mais? Era agora ou nunca.
Pensando assim, finalmente pude recitar um Daimoku capaz de derreter a neve em segundos.
Se você pensar que pode ou que não pode de qualquer modo você estará certo.
Muitas pessoas não se permitem “pedir” o que realmente desejam porque não vislumbram como isso pode se concretizar.
Não tentem entender como isso é feito, apenas acredite que efetivamente será feito.
Se você fizer uma pesquisa verá que todos os que já conquistaram algo na vida não sabiam como o fariam, mas tinham a certeza interior de que iriam fazê-lo.
Você não precisa saber como as coisas virão, você atrairá o caminho.
O “como fazer”é domínio do universo, que conhecer o caminho mais curto, mais rápido e mais harmonioso entre você e o seu sonho.
Se você enviar o seu sonho ao universo, vai se surpreender e deslumbrar-se com os resultados.
É quando a magia e a boa sorte acontecem.
Todas as forças do universo respondem aos seus pedidos.
O universo se reorganiza para fazer com que as coisas aconteçam para você.
Lembrem-se: A prosperidade é um direito de todos e o caminho para a paz mundial!
Tudo na vida têm o seu preço!
Para continuar obtendo os Benefícios do Sutra de Lótus, você precisa fazer a sua Revolução Humana (o ambiente em que você vive é espelho do seu interior).
Por isso, Determine durante a recitação do mantra que terá mais Benevolência, Compaixão, Paciência e irá empreender um esforço genuíno para se melhorar como Ser Humano.
Seja o responsável pelo seu futuro, seja o dono do seu DESTINO!

Textos:
A freqüência do universo - Sr. Akio Nakano, vice responsável da divisão educadores da prefeitura de Chiba.
Recite um Daimoku que estremeça o universo - Jeanny Chen, Saratoga, California.

quarta-feira, 9 de março de 2016

POR QUE TANTAS DIFICULDADES?

“A verdadeira batalha da fé começa quando estamos no fundo do poço. Despertei em mim a força e a energia de um leão”

Esperança


É belíssima a cena de uma pessoa desafiando as adversidades e encarando o destino com força máxima — é uma luz de esperança na era caótica em que vivemos.

Vida ativa


Por meio da luta conjunta com o presidente Ikeda, transformamos nossa visão da vida: abandonamos o medo e mergulhamos de corpo e alma na luta pela transformação do destino. E com o tempo avançamos mais: passamos a amar a vida e a batalhar pela felicidade das outras pessoas com total sinceridade e compaixão. Passamos a ser “sorrisos de esperança” que inspiram os outros.

E meus problemas...


A realidade da sociedade é dura: dificuldades financeiras, desarmonia, desastres, perdas etc. Nosso mestre entende bem isso e se sensibiliza: “Alguns [membros da SGI] provavelmente travam lutas verdadeiramente angustiantes. Pode até haver momentos em que esses contratempos que experimentam os façam se sentir derrotados, levando-os a derramar lágrimas de frustração” (TC, ed. 549, maio 2014, p. 4).

Quem vive situação semelhante se pergunta: por que tantas dificuldades?


A resposta do presidente Ikeda é reveladora: “Porque elas nos ajudam a experimentar a vida eterna do estado de buda” (Ibidem). O que quer dizer essa frase? Ele mesmo a explica com genialidade: “Porque, ao superá-las [as dificuldades], transmitimos esperança e coragem a quem está lutando neste mundo conturbado; é como se disséssemos: ‘Mesmo confrontando tal obstáculo, não fui derrotado. Resisti e venci no final’. Por essas razões, por favor, enfrentem os desafios sem medo nem hesitação. Determinem vencer com confiança e serenidade” (Ibidem).

Enorme coragem


Ao ler e reler a frase anterior, nasce uma enorme coragem e os problemas (por mais desesperadores que sejam) ganham novo significado. Dificuldades tornam-se fonte de esperança.
O budismo inverte a lógica derrotista ao ensinar que “este meu problema” será enfrentado e transformado com alegria. Sua fé passa a ser ativa, entusiasmada, e você suporta qualquer coisa e encontra, sem falta, soluções.

Não é carma, é missão!


Muita energia é liberada quando você perde o medo dos problemas e os encara como alavanca da felicidade.
O pessimismo (“É meu carma”; “Que injustiça” etc.) dá lugar ao otimismo (“Eu escolhi, é minha missão!”; “Diante da minha fé inabalável e do daimoku poderoso que recito, este problema não tem chance!”). Não é fuga da realidade, é transformação ativa da realidade!

Faça a maldade jogar a toalha


Um exemplo: “Um casal de pioneiros da região de Shiga, no Japão, viu os negócios da família falirem por diversas vezes, até que finalmente construiu uma próspera empresa — que começou com apenas uma máquina e se transformou numa grande fábrica”.
“Marido e mulher jamais recuaram um único passo na luta pelo kosen-rufu, opondo-se corajosamente ao clero corrupto. Hoje, fazendo um balanço de tudo, o marido afirma: ‘Se você é covarde, as funções da maldade se alegram. Nós estávamos determinados a mostrar nossa força real como membros da SGI e lutamos com todas as energias até que as adversidades, por si só, ‘jogassem a toalha’. Nosso único sentimento é a gratidão por todos os problemas que superamos’” (Ibidem).

Que estado de vida desse casal! — sentir gratidão pelos problemas superados.

Isso é “experimentar a vida eterna do estado de buda”: a superação das falências das empresas virou modelo mundial e prova real do budismo. O mestre afirma que esse casal tem um “magnífico espírito de luta”: “A vitória de uma pessoa pode transformar o seu local de trabalho e até mesmo uma localidade inteira” (Ibidem).

Força e energia de leão


Na fase mais difícil dos negócios do Sr. Toda, o presidente Ikeda diz o que sentiu: 
“Houve muitos momentos em que senti que todas as opções haviam se esgotado. Mas a verdadeira batalha da fé começa quando estamos no fundo do poço. Despertei em mim a força e a energia de um leão no ataque e fiz tudo o que podia para apoiá-lo” (Ibidem).

Conclusão


Inspirado nessa nova visão sobre problemas ensinada pelo mestre, ore daimoku com a força de um leão e encontre saídas criativas e novos caminhos mesmo em situações insuportáveis: “Não importa quais obstáculos surjam, o importante é continuar a recitar Nam-myoho-renge-kyo, manifestando nossa sabedoria interior e exercitando nossa criatividade com desenvoltura, e se empenhar sinceramente para superar a situação. Com certeza avançaremos” (Ibidem).


FONTE: Extranet-BSGI - Estudo - Budismo para Iniciantes

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

COMO AS NOSSAS ORAÇÕES SÃO RESPONDIDAS?

O que é?

A oração é uma alavanca que quando utilizada tendo o Gohonzon como ponto de apoio transforma qualquer situação.

Como assim?!

“Deem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo”. Essa frase é atribuída a Arquimedes, inventor, matemático e físico grego. Fazendo uma analogia tem-se uma noção da relação da oração, Gohonzon e Kossen-rufu. A oração corresponde a alavanca, o ponto de apoio é o Gohonzon e mover o mundo consiste em agir em prol do Kossen-rufu. Está tudo interligado.

Resposta às orações

O presidente Ikeda foi perguntado se todas as orações ao Gohonzon são respondidas. Ele afirmou com total convicção: “Sim. Com certeza. O Gohonzon nos capacita a concretizar todas as nossas orações. Elas são seguramente respondidas”. (Juventude: Sonhos e esperanças, volume 2, pág. 150).
O Buda Nitiren Daishonin também afirma: “Não obstante, mesmo que alguém errasse ao apontar para o chão, mesmo que alguém unisse os céus, que o fluxo e o refluxo da maré cessassem e que o sol nascesse no oeste, jamais aconteceria das orações do devoto do Sutra de Lótus não serem respondidas.” (END vol.5, pág.138).

A alavanca da vitória

Mas para ser respondida, a oração precisa ser correta. Se não há resposta é porque não está utilizando a alavanca. Somente um ponto de apoio não basta, é preciso a alavanca.

O que é oração correta?

Oração certa acontece quando você ora com a postura e a convicção de que não há oração sem resposta. Acreditar sinceramente e recitar Daimoku orando diante do Gohonzon com a convicção de que não há oração sem resposta é o requisito para a oração produzir benefícios em profusão.

Apaixonada determinação

A oração funciona quando feita com foco, fervor e postura certas. Se não produz uma resposta satisfatória é porque não há a oração no sentido correto: “Uma atitude vaga e dispersa durante a oração é como atirar uma flecha sem mirar o alvo. Devem orar com uma forte e apaixonada determinação de concretizar sua oração. Aquele que pensa ‘Se eu orar, tudo ocorrerá bem’, na verdade está demonstrando apenas um desejo. Uma fervorosa oração — a oração do fundo do coração e com toda a vida — será infalivelmente comunicada ao Gohonzon(Ibidem, pág. 165).

Ore até conseguir

O ponto chave é manter a prática até a vitória total. “O Gohonzon não tem obrigação de responder nossas orações, nem nos solicitou que orássemos para ele. Nós é que pedimos para orar ao Gohonzon. Se cultivarmos tal sentimento de gratidão e apreciação, nossas orações serão respondidas mais rapidamente. [...] O mais importante é continuar orando até que sejam respondidas.” (Ibidem, pág. 161).

Como age a oração?

A oração purifica os desejos, transforma-os em sentimentos sinceros e os converte em energia vital que impulsiona a agir em prol da conquista daquilo que deseja. O resultado de uma oração correta é sabedoria, força e coragem geradas no momento da oração. Sua convicção aumenta por que se baseia na compreensão prática de que não há oração sem resposta.

O mecanismo

“Não há nada de extraordinário em relação à oração; ela se resume em simplesmente desejarmos algo de todo o coração. O mais importante é o coração. Com relação a isso, é essencial que oremos com profunda fé, respeito e amor ao Gohonzon em nosso coração.” (Ibidem, pág. 156).

Quem responde nossas orações?

Nós próprios causamos a resposta às nossas orações. Por isso deve ser feito corretamente. O presidente Ikeda afirma: “Quem responde nossas orações? Somos nós — com fé e esforço. Ninguém mais faz isso por nós. Se nossas orações serão ou não respondidas depende de nós. [...] Se e quando nossas orações serão respondidas pode ter vários significados. Mas não há nenhuma dúvida que nossa vida começa a mudar de forma favorável a partir do momento em que começamos a orar.” (Brasil Seikyo, edição no 1.560, 17 de junho de 2000, pág. A3)

Orar para que?

Somos livres para orar para aquilo que desejarmos. Por que a “resposta” que nunca falha é a capacidade de gerar valor em qualquer circunstância, seja positiva ou negativa. A “resposta” é a conquista de um estado de vida em que tudo passa a ser motivo de alegria e fonte para aumentar ainda mais a boa sorte. Em outras palavras, orar gera um estado de vida amplo e forte. E a prática da fé capacita você a assumir a responsabilidade plena da própria vida.

Budismo é bom senso

Num diálogo, um líder comentou ao presidente Ikeda que algumas pessoas manifestaram preocupação pelo fato de algumas de suas orações não terem sido respondidas. O Mestre afirmou:
Presidente Ikeda: Nós praticamos uma fé em que ‘nenhuma oração fica sem ser respondida’. Em primeiro lugar, precisamos ter convicção nisso. No entanto, haverá ocasiões em que nossas orações serão respondidas e outras em que isso não ocorrerá. Mas, enquanto continuarmos a recitar Daimoku, no final tudo seguirá a melhor direção possível. Isso fica claro quando depois olhamos para trás. O mais importante é que a luta que empreendemos para que nossas orações sejam respondidas nos torna ainda mais fortes. Se todas as nossas orações fossem imediatamente respondidas, acabaríamos ficando mimados e decadentes, e passaríamos a viver de forma indolente, evitando o esforço e o trabalho árduo. Nós nos tornaríamos frívolos. Qual seria, então, a questão da fé? A vida é uma sucessão de acontecimentos. Enfrentamos todos os tipos de dificuldades. Assim é a vida. É graças a essa variedade que podemos conduzir uma existência realizada e feliz. Isso nos dá condições de crescer e desenvolver um estado de vida amplo e forte.
[Comentário do líder]: Com certeza, se todos os membros da SGI orassem para ganhar na loteria, seria impossível que todos tivessem suas orações respondidas!
Presidente Ikeda: Se tudo pelo que orássemos se tornasse realidade instantaneamente, seria como uma mágica. Isso vai contra a razão. Não se pode ter arroz cozido simplesmente pondo a panela no fogo sem nenhum arroz dentro. O budismo é bom senso. Ele ensina o caminho correto da fé manifestando-se na vida diária. Uma fé que ignora a realidade não é fé. Isso não existe. Nossos desejos não serão concretizados se não empenharmos um verdadeiro esforço. (Ibidem.)

Qual é o benefício da oração?

Nitiren Daishonin foi tão preciso ao propor sua oração que a própria recitação do Nam-myoho-rengue-kyo é, em si, o maior beneficio. Afinal, “Não há alegria maior que recitar o Nam-myoho-rengue-kyo.” (Brasil Seikyo, edição no 1503, 10 de abril de 1999).

A maior das alegrias

A recitação de Daimoku é em si o máximo da alegria porque coloca o praticante em contato direto com a Lei Mística. Por isso Nitiren Daishonin recomenda que independentemente do que aconteça, continue recitando o Nam-myoho-rengue-kyo. A resposta da oração correta é a alegria profunda de estar recitando. O Gohonzon e a oração fazem brotar energia vital, sabedoria, força e coragem. No ato de orar você sente alegria e fica no tom, no ritmo harmonioso do próprio Universo.

Eu e a Lei

A oração é o seu diálogo com a Lei. E o Daimoku é a linguagem que a Lei entende e reage perfeitamente. Por isso, a oração não precisa ser de lamentação, de reclamação. A oração é um momento de fusão com a Lei e deve ser realizada solenemente. Dialogar diretamente com a Lei é a grande maravilha descoberta e deixada por Nitiren Daishonin.

Quanto tempo de oração

Nos seus escritos, Nitiren recomenda que deve-se recitar o Nam-myoho-rengue-kyo até sentir alegria no coração. Ele não especifica um tempo para isso, pois depende da fé, do itinen de quem recita. Quanto mais alegria se sente ao recitar, mais se recita. A oração correta é tão estimulante e empolgante que não dá vontade de parar.

Oração e cotidiano

Imagine uma situação que te incomoda, desanima e irrita. Essa reação negativa acontece porque seu itinen está focado nessa realidade. A oração correta faz você focar na Lei, que possui a máxima energia e sabedoria. Aí, naturalmente, desaparecerão imediatamente as sensações negativas e será criado valor positivo. O benefício é justamente vencer em meio a realidade, qualquer que seja a situação.

Seja você mesmo

O que é melhor pensar no momento da oração? O presidente Ikeda conclui:
Faz parte da natureza humana pensar em si próprio. O importante é orarmos diante do Gohonzon da forma como somos. Se nos apresentamos com um ar arrogante mostramos um ‘falso eu’. O Gohonzon não responde a mentiras. Quando recitamos Daimoku por causa de nossas maiores preocupações ou maiores desejos, nosso estado de vida se abre naturalmente e vamos desenvolvendo aos poucos o espírito de orar não apenas para nós próprios, mas também pela felicidade de nossos amigos e pelo Kossen-rufu. Além do mais, creio que é vital desafiarmo-nos para termos grandiosas orações. A questão central é que temos total liberdade de orarmos para o que desejarmos. (Brasil Seikyo, edição no 1.560, 17 de junho de 2000, pág. A3).
Fonte:
Jornal Brasil Seikyo - Edição 2039 - Publicado em 12/junho/2010 - Página A3

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

TRANSFORME O IMPOSSÍVEL!

REVISTA TERCEIRA CIVILIZAÇÃO - Edição 520 - Publicado em 10/Dezembro/2011




PENSE NO SEU MAIOR SONHO... O que você sente? Satisfação ou angústia? É uma certeza ou um sonho impossível?

Se o considera impossível, é hora de assumir as rédeas da sua vida! É o momento da conquista, de tornar possível o impossível. Chega de passividade à espera de um milagre; transforme sua vida para melhor e crie uma nova realidade.
Mas é possível uma mudança assim tão profunda a ponto de tornar possível aquilo que é impossível? SIM. Isso se chama revolução humana e consiste em utilizar seu pleno potencial com base na prática do Budismo Nitiren até o ponto de ficar irreconhecível aos que lhe conheceram antes.

Certo dia, uma lebre ridicularizou as pernas curtas e a lentidão da tartaruga. Esta sorriu e disse:
— Tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora, desafiou a tartaruga.
A lebre caiu na gargalhada, por considerar sua derrota na corrida algo impossível de acontecer, e aceitou o desafio.
— Uma corrida? Você e eu? Essa é boa!
— Por acaso você está com medo de perder?, perguntou a tartaruga.
— É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você, respondeu a lebre.
No dia seguinte, a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal da largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa com seu passo lento, mas firme. Determinada, concentrada, em nenhum momento parou de caminhar rumo ao seu objetivo. A lebre estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca.
— Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso, pensou.
A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou por ela. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar e agora descansava tranquilamente.
Não dá para negar, a lebre era de fato mais rápida que a tartaruga. Este é o contexto da corrida. A lebre aceitou o desafio da corrida porque tinha certeza da vitória. Mas limitou seu potencial seguindo o que ditava o contexto. Com uma visão limitada, ela não usou a vantagem que possuía a seu favor.
A tartaruga venceu o impossível. Sua vitória foi possível porque, diferentemente da lebre, sua certeza não se baseava no contexto, e sim no coração. Em seu interior ardia a determinação absoluta da vitória. Conhecendo seu potencial infinito, a determinação da tartaruga era maior que a sua realidade.

Volte a pensar no seu grande sonho. E também em todas as conquistas que deseja para a sua vida. A VERDADE QUE DIZ QUE ALCANÇAR ESTES SONHOS É IMPOSSÍVEL é, na realidade, uma mentira!

Observe agora o desenho da capa da revista acima: o objeto central tem a parte inferior mais clara que a superior? Se acha que sim, engana-se. Isso também é uma mentira. Os dois lados do objeto têm a mesma cor. O tom cinza da parte de cima do objeto é exatamente igual ao de baixo.
Por que isso acontece? Como dois tons cinza claramente diferentes podem ser da mesma cor? Isso tem a ver com a forma como cérebro usa as sombras para tomar decisões sobre o que está vendo. Ele se engana ao imaginar que o objeto está sombreado e, confiando em experiências passadas com sombras, conclui que os dois tons são diferentes.
Em resumo, para decidir a cor do objeto (isso mesmo, o cérebro impõe a cor, assim como a realidade da pessoa), o cérebro analisa o contexto da figura, ignora o presente, e decide de acordo com o passado. Por isso, ao ver duas cores na figura, você está focando no passado e ignorando o presente.
O cérebro cria as percepções de um mundo que é útil para ele. Essa “percepção útil” não precisa corresponder ao que está ali de fato. Esse “mundo útil” é definido pelo estado da vida. De acordo com esse estado, definimos a forma como gostaríamos de ver a realidade e moldamos nossa percepção.
A mesma figura é apresentada no documentário sobre percepção sensorial da National Geographic, onde o neurocientista experimental Beau Lotto afirma: “A cor é algo que o cérebro impõe. A luz existe no mundo, mas a cor é uma construção de nosso cérebro. Todas as nossas percepções são criações de nosso cérebro, nada do que vemos está de fato no mundo. Parece contraintuitivo, mas a cor passa essa mensagem.” Veja mais experiências no site: http://www.lottolab.org/articles/illusionsoflight.asp.
Ao cobrir a parte central, você percebe que os dois lados possuem o mesmo tom cinza. De um ponto de vista, você está ignorando suas experiências passadas e focando nas soluções do presente.
Numa rápida olhada, sem levar em conta outros fatores, a conclusão inicial da grande maioria é que a parte inferior é mais clara. Se perguntar para quem chegou a tal conclusão, ele tentará provar sua opinião com vários argumentos. Mas está equivocado. As cores PARECEM diferentes. Mas SÃO IGUAIS!
Aplique isso em relação a outras situações da sua vida. Para cada uma delas existem infinitas SOLUÇÕES  Não aceite a MENTIRA de que não existe forma de você vencer os obstáculos da vida! Mesmo que lhe apresentem bons argumentos ou que você se deixe mergulhar na negatividade. Essa negatividade é APARENTE. Na essência, existem, sim, formas de vencer.
O contexto que tenta ser imposto a você que “tal” situa­ção é IMPOSSÍVEL é, na realidade, parcial. Não ignore a verdade absoluta de que VOCÊ possui dentro de si um potencial infinito.

Bianca escreveu à redação da TC relatando suas experiências após ler as matérias sobre a chave da vitória publicadas nas três últimas edições. [Leia o texto na íntegra na seção “Cartas” na página 12]. Em um trecho ela escreveu: “Eu estava pondo minha felicidade nas mãos da minha irmã...” Essa atitude se assemelha à da lebre que decidiu vencer com base no contexto, não utilizando seu potencial a seu favor.
O exemplo da Bianca revela o mesmo padrão cerebral de usar o contexto para decidir sobre as cores do objeto mostrado na página 26. Sabiamente, ela percebeu e mudou seu comportamento. De acordo com o relato, ela compreendeu que sua felicidade não se encontra no resultado, mas, sim, na ação de lutar pela felicidade da irmã. Com essa percepção, ela transformará a realidade. Assim como a tartaruga, que venceu a corrida, Bianca confia em seu coração. Em outro trecho da carta consta: “Como ‘compreender é transformar’, voltei a falar com ela e faço Daimoku para sua felicidade e para a minha revolução humana. Estou me dedicando à prática do Chakubuku...”
A confiança no próprio coração, aliada à prática budista, elevará a força interior, tornando-a mais forte do que a realidade que a cerca. O resultado disso é a transformação do impossível em possível.


Está num beco sem saída, cuja situação é de total desespero? O que fazer?
Desespero e beco sem saída significam que seu ambiente venceu seu coração. Sua energia vital enfraqueceu a ponto de você ser arrastado pela circunstância. Aliás, uma pessoa assim deixa-se levar por qualquer dificuldade. O mínimo vento ou a primeira resistência é capaz de fazê-la lamentar, resmungar e achar mil argumentos do porquê ela não conseguirá vencer. A saída é perseverar.
Mas “perseverar” sem energia vital é insistir no sofrimento. É empurrar com a barriga. Vitória total é perseverar com energia vital. Em situações extremas, a prioridade é restabelecer a energia vital para vencer o ambiente. O caminho mais rápido e melhor é elevar o estado da vida. A prática budista eleva o estado da vida ao máximo. Este é o estado de Buda.
O cérebro de uma pessoa de forte energia vital no estado de Buda não se abala e enxerga somente uma coisa: todos são budas! Diante de pessoas ou situações, ela extrai sempre o melhor e o máximo de cada um. Ela sabe que uma situação pode “parecer” sem solução. No entanto, seu forte otimismo (fé + sabedoria + coragem) a impulsiona a avançar sobre as dificuldades e vencê-las. Se a situação é complicada, a pessoa descomplica. Se a realidade parece ruim, ela recria a realidade. Sua energia vital é mais potente que a negatividade das outras pessoas ou da situação. Um buda é um verdadeiro otimista!
Essa característica vitoriosa, inclusive, é descrita da seguinte forma: “SER VITORIOSO é a essência do Budismo. Nos sutras, o Buda recebe títulos de louvor, tais como ‘Aquele que a todos Vence’, ‘O Conquistador de Objetivos’, ‘Aquele que Derrotou todos os Oponentes e é ALEGRE E DESTEMIDO’, ‘Aquele que Brilha como o Himalaia, que Supera todas as outras Montanhas’ e assim por diante. ‘Buda’ é outro nome para a pessoa absolutamente vitoriosa”.

Nitiren Daishonin e a transformação do impossível

O Buda Nitiren Daishonin enfrentou uma situação impossível. Na Perseguição de Tatsunokuti, ele foi injustamente condenado a ser decapitado. O dia e a hora foram marcados e ele estava sendo conduzido para a praia de Tatsunokuti. Não havia uma maneira de resolver a situação. Sua morte estava próxima, era questão de minutos. Porém, sua conduta e sua transbordante energia vital criaram uma nova realidade. Em nenhum momento ele ficou abalado e foi capaz de focar no que os soldados tinham de melhor. Eram humanos. Daishonin enxergava os soldados como pessoas dotadas do estado de Buda e agia assim, sem o mínimo recuo no seu juramento de tratar a todos como budas. Os soldados ficaram muito impressionados com o gigantismo do coração de Nitiren Daishonin e sua convicta e cordial maneira de tratá-los. Tanto que foi preciso trocar três vezes o grupo de guardas, pois nenhum deles queria ser o responsável pela morte de um ser humano tão grandioso. Ele venceu o contexto de que eles eram soldados e conseguiu extrair o melhor de cada um e trazê-los de volta a condição humana. Os soldados tentavam, num primeiro momento, fazer o contrário e queriam manifestar o pior de Daishonin. Isso prova que a vitória é uma disputa da sua energia vital com a dos demais.
Daishonin não se deixou abalar e seu comportamento mudou radicalmente a situação. O temor dos soldados em matá-lo somou-se ao objeto luminoso que cruzou o céu no momento da decapitação. Era o argumento que os soldados queriam para fugir e abandonar completamente a ideia de matar um homem tão honrado. O Buda transformou o impossível, e esse fato é um divisor de águas do Budismo.


O presidente Ikeda é o mestre do Kossen-rufu Mundial. Desde que começou a praticar o Budismo Nitiren e entrou para a Soka Gakkai, ele percebeu que toda a filosofia e a prática do Budismo tratam exatamente dos mecanismos para a transformação do impossível.
Era impossível ele viver além dos 30 anos. Sua saúde era frágil e os médicos o desenganaram. Hoje, o Dr. Daisaku Ikeda está com 84 anos e liderando o Kossen-rufu Mundial.
Era impossível atingir o objetivo de 750 mil Chakubuku, lançado pelo seu mestre, Jossei Toda. Além de bater todos os recordes de propagação, alcançou 750 mil famílias e, atualmente, a SGI tem doze milhões de membros em 192 países e territórios.
Era impossível ver soluções para a falência dos negócios e enormes dívidas nas empresas do seu mestre. Ele superou tudo, reconstruiu e, num tempo recorde, conseguiu sanar todas as dívidas.
Era impossível se dedicar aos estudos e frequentar uma faculdade, pois precisava doar todo o tempo ao Kossen-rufu. Aceitou ser treinado pelo seu mestre. Tornou-se o intelectual e pacifista mais reconhecido do mundo com mais de trezentos títulos de Doutor Honoris Causa. É reconhecido por intelectuais e associações acadêmicas como o maior escritor e poeta da humanidade.
O presidente Ikeda prova, com a própria vida, que não existe o impossível quando se vive embasado fielmente na unicidade de mestre e discípulo.

Segundo o presidente Ikeda, “Chakubuku é a maior das dificuldades”. Ou seja, realizar o Chakubuku é, na visão geral, um ato impossível. Percebendo isso, desde quando começou a praticar, ele se dedicou de corpo e alma para aprender a arte de fazer o Chakubuku. E constatou que seu mestre, Jossei Toda, era o “general do Chakubuku”. Assim, aprendeu com seu mestre e sagrou-se “campeão de Chakubuku” em todas as organizações na qual era designado para liderar.
Concretizar o Chakubuku tornou-se para ele algo descomplicado e estimulante. Ser hábil na arte de realizar o Chakubuku o habilita a dominar o mecanismo mais difícil de todos. Portanto, será muito natural transformar quaisquer outras situações.
Num artigo recente, o presidente Ikeda afirma que os jovens da BSGI são hábeis nesta arte do Chakubuku: “Ainda que você ofereça muitas riquezas a uma pessoa, isso não é garantia da felicidade absoluta. O que garante a felicidade absoluta é o Chakubuku. Os membros da SGI realizam essa prática. Eu, o terceiro presidente, desde a minha juventude, também pratico de coração o Chakubuku. Agir assim é a preciosa e eterna ‘lembrança de sua presente vida neste mundo humano’”.
“No Brasil”, continua o Mestre, “todos os treze mil jovens fizeram o juramento Seigan na Convenção de 3 de Maio de 2009, e concretizaram, individualmente, o Chakubuku. É um admirável exemplo de cumprir com orgulho o que se promete”.

Não existe impossível

Impossível é aquilo que você não enxerga. Ao observar o contexto e interpretá-lo somente com suas experiências passadas, tudo parece impossível. O impossível existe somente na mente de quem não é capaz de enxergar todas as possibilidades.

Confie em seu coração

Qual é o momento de confiar no coração? Sempre. Em todas as circunstâncias o coração é quem define a realidade. Mas estamos falando de um coração iluminado. Esse coração iluminado é como um pintor habilidoso que pinta o cenário da vida que deseja. Visualize, pinte, construa na sua mente sua nova realidade com o máximo de detalhes. Quanto mais nítido, mais rápida a solução. A nitidez é quando seu coração possui energia vital para prevalecer sobre seu ambiente. “O poder do coração nos capacita a executar uma maravilhosa obra-prima em nossa vida de acordo com o objetivo pintado em nossa mente”, assegura o presidente Ikeda.


Postura diante das dificuldades

Diante das dificuldades urgentes, o caminho é tornar sua energia vital mais forte que o ambiente. Conforme o presidente Ikeda afirma: “Ao encontrar dificuldades, recitamos Daimoku para solucionar nossos problemas. (...) Agindo assim, continuamos a avançar, olhando para nossos problemas de um estado da vida elevado. Quando oramos ao Gohonzon, é como se estivéssemos olhando todo o universo, permitindo-nos observar impassivelmente os sofrimentos que existem em nossa própria vida. Justamente por termos problemas, podemos recitar Daimoku, produzindo uma forte energia vital”.


Daimoku + Chakubuku
Por meio do Daimoku, você aumenta a própria energia vital. Essa energia é usada plenamente no cotidiano quando o estado da vida é elevado. O estado de Buda faz um ser humano utilizar totalmente essa energia. Esse estado iluminado se manifesta por meio do seu comportamento como ser humano. O Budismo considera a prática do Chakubuku como a mais elevada conduta humana. Ao realizá-la, uma pessoa adquire a capacidade de usufruir da energia vital de forma plena e harmonizada com o Universo.
Por ora, o importante é saber que a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo, aliada à prática do Chakubuku, amplia sua visão para enxergar todas as possibilidades e lhe confere sabedoria, coragem e energia vital suficiente para transformar sua realidade.

Portanto, de acordo com o desenho da capa da revista, cobrir o centro do objeto equivale a abandonar uma visão equivocada de impossibilidades; é o despertar para uma nova percepção de vitória total.
Experimente a fórmula apresentada. Escolha um objetivo! Ore com vigor o Nam-myoho-rengue-kyo com determinação e serenidade até sentir muita alegria no coração. Faça Chakubuku inspirado por essa alegria. Observe novamente sua realidade. Você vai notar nitidamente que ela está colorida com a energia vital do Daimoku e do Chakubuku. Então, aja e avance com total coragem para conquistar seu objetivo.
Recitar o Nam-myoho-rengue-kyo e praticar o Chakubuku equivalem a “COBRIR” a linha central do objeto da capa da revista. A consequência é a iluminação e a transformação do carma.